quinta-feira, junho 02, 2011

Peritos de Itabuna têm processo arquivado no caso das universitárias mortas em acidente na BR 415


O processo administrativo envolvendo os peritos do DPT de Itabuna, Paulo Libório Viana, Robson Lincoln Nunes, Sérgio Murilo Lima e Sérgio Selma dos Santos, foi arquivado. A portaria 261, foi publicada no Diário Oficial, e reconhece a prescrição e declara extinta a punibilidade imputada aos referidos peritos Criminalísticos. A razão do arquivamento seria “em face do decurso do tempo na forma prevista no art. 99 da Lei nº 11.370/2009”. O quatro peritos eram acusados de adulteração do laudo referente a morte das estudantes universitárias, vítimas de acidente quando voltavam da Aula da Saudade, que havia sido realizada em um sítio em Ilhéus no dia 5 de janeiro de 2008. O acidente aconteceu em frente a Churrascaria Los Pampas. Segundo denúncias das famílias das vítimas, os peritos teriam adulterado o laudo para beneficiar a empresa Águia Branca. Mesmo com o processo administrativo arquivado pelo DPT, o processo continua na Justiça Comum.

Relembre o caso
Laryssa Alpoim Andrade, Elys Maiane Santana, Priscila Antunes Gama e Tatiana Berbet Franco estavam no Ford Fiesta que colidiu com um ônibus da Viação Águia Branca. O veículo de passeio era dirigido por Priscila, que morreu no local do acidente, assim como Tatiana.
Larissa e Elys Maiane estavam no banco de trás, e faleceram dias depois da colisão. As quatro eram colegas e voltavam para casa, em Itabuna, depois da aula da saudade, num sítio na rodovia Ilhéus-Itabuna. Elys, Tatiana e Priscila se formariam no final de semana seguinte ao do acidente.

Reconstituição
Uma nova reconstituição foi pedida e realizada no dia 6 de março de 2009, após acusação de suposta fraude no laudo elaborado pelos peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna. As investigações começaram no mesmo ano do acidente (2008), após as denúncias de dois dos pais das estudantes à Corregedoria e ao Ministério Público Estadual.
A Secretaria de Segurança Pública baiana abriu processo administrativo para apurar possível desvio de conduta dos peritos.
Os profissionais teriam, segundo a portaria 449, de 10 de julho de 2008, cometido infrações administrativas ao elaborar laudo com “supostas imprecisões técnicas que poderiam desfigurar a verdade real dos fatos”.
Conforme a portaria, Robson e Libório também foram investigados por suposto vínculo com a Viação Águia Branca.

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