quarta-feira, junho 01, 2011

Salas Multifuncionais ampliam o trabalho de inclusão do Cepei


O Atendimento Educacional Especializado (AEE) oferecido aos alunos da Rede Pública Municipal de Ensino de Itabuna está dando um passo muito importante para sua consolidação. Neste mês de maio, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), a Prefeitura de Itabuna está implantando as primeiras Salas de Recursos Multifuncionais em cinco escolas municipais.
Com isso, Itabuna passa a ser o primeiro município no Sul da Bahia a contar com este tipo de recurso para o aperfeiçoamento do Programa de Educação Inclusiva, desenvolvido pela Secretaria da Educação (SEC), através do Centro Psicopedagógico da Educação Inclusiva (Cepei). Até o final do próximo semestre, no total, serão instaladas 17 Salas Multifuncionais do Tipo I e II, constituídas de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos necessários para o Atendimento Especializado aos alunos que possuem deficiência intelectual, auditiva, visual, dificuldade e/ou distúrbios de aprendizagem.
As Salas também estarão aptas ao AEE para aqueles com impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial que podem ter obstruída/dificultada sua participação plena e efetiva na sociedade diante de barreiras que esta lhes impõe, ao interagirem em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006).
Segundo a assessora Psicopedagógica da SEC, Milene Dantas, até o final deste mês, estará em funcionamento a Sala de Recursos Multifuncionais do Centro de Atenção Integral à Criança – Caic Jorge Amado, no bairro Jardim Primavera; da Escola Municipal Dom Ceslau Stanula, no bairro Maria Pinheiro; do Grupo Escolar Pedro Lemos, localizada no bairro Lomanto Júnior; da Escola Municipal Frederico Smith, no bairro Urbis IV; e da Escola Jorge Ribeiro Carrilho, no bairro Santo Antonio.

Atendimento

Para cumprir a sua função de oferecer o Atendimento Educacional Especializado, complementar ou suplementar à escolarização aos alunos com deficiência matriculados nas classes comuns do ensino regular, as atividades na Sala de Recursos Multifuncionais são oferecidas aos estudantes em turno oposto ao da aula normal. De acordo com Milene Dantas, atualmente na Rede Municipal de Ensino de Itabuna estimasse que 20% dos alunos matriculados são deficientes.
“Este atendimento é um direito do aluno com necessidades educacionais especiais, inclusive, estão preconizados na Constituição Federal de 1988 e assegurados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)”, elucida Milene. Ela acrescenta que as Diretrizes (MEC/SEESP 2011), em seu artigo 2º, estabelecem que: os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais.
“Neste sentido, é que afirmamos o avanço significativo nas políticas públicas educacionais implementadas pela Prefeitura de Itabuna, não somente visando garantir o acesso das pessoas com necessidades educacionais especiais, através da matrícula, mas também de assegurar a sua permanência e, sobretudo, o seu sucesso que é o aprendizado”, ressalta Milene.

Profissionais especializados

Para isto, a SEC está disponibilizando para cada escola que dispõe deste equipamento um profissional da Rede graduado em Pedagogia e especializado em Psicopedagogia. As atribuições do professor da Sala de Recursos Multifuncionais é de identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, atividades, recursos pedagógicos de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos de forma a construir um plano de atuação especifico para cada aluno.
É este o caso da professora Maria José Dias Lima, da Escola Municipal Jorge Ribeiro Carrilho, que está disponível para o atendimento de até 20 alunos. A educadora, além da especialização, participou com outros professores do curso de extensão oferecido pelo MEC, através da Plataforma Freire. Maria José destaca que a Sala Multifuncional é um equipamento que irá proporcionar uma maior interação entre o professor e o aluno com necessidades educacionais especiais, com o atendimento individualizado.
“Com isso, estaremos potencializando as habilidades destes alunos para que eles possam ter melhor rendimento em sala de aula, junto aos demais colegas de classe”, frisa a professora. Ela ressalta que o atendimento diferenciado também irá permitir um trabalho mais focado na deficiência de cada aluno, além de permitir um contato mais próximo com o professor que trabalha com o aluno em sala de aula.

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