segunda-feira, julho 04, 2011
CRÍTICA: 'Mad men’ e as mulheres
Antes de encerrar esta leva de textos sobre “Mad men”, falta falar de um dos seus principais temas: a condição da mulher naqueles tempos. A quarta temporada começa em 1965, com o feminismo levantando fervura, as americanas da suburbia ainda presas ao mundo doméstico, e as de Manhattan já com outras aspirações. Aos olhos de qualquer moça de hoje — com acesso a uma vida completa e o direito a ambicionar o mesmo que os homens no que diz respeito à conjugação família e trabalho — o sentimento é de profundo alívio. Por viver nos dias atuais.
Um episódio em especial resume muito esta reflexão. Nele, a agência encomenda uma pesquisa sobre... afinal, o que querem as mulheres? É para balizar uma campanha sobre o creme de beleza Ponds, um importante cliente.
Convocam uma especialista em pesquisas e ela monta um grupo de moças numa sala. A conversa vai esquentando com depoimentos meio frívolos em torno de cuidados com a pele. Até que uma das entrevistadas se empolga e abre o coração. Diz que fez de tudo, tudo, tudo para agradar ao namorado. Em vão: o relacionamento acabou. Desconsolada, chora convulsivamente, contagia outra participante e a sessão é encerrada em clima de absoluta comoção.
A pesquisadora leva suas conclusões a Don Draper (Jon Hamm): “O que as mulheres querem é casar”, decreta. O publicitário, indignado, discorda. A especialista rebate com um (aparentemente) bom argumento: “É ‘a’ verdade. Não posso mudar a verdade”. Porém, muito mais esperto do que a técnica em pesquisas, Draper explica que o casamento é o único horizonte que aquelas moças acreditam existir. Mas o que ele busca saber está além: é o que elas desejam e ainda não conhecem, diz. Isso, nenhuma pesquisa é capaz de apontar. A publicidade que ele pratica trabalha com anseios, sonhos, “não com a verdade conhecida”, argumenta.
E, se até hoje o que querem as mulheres é a pergunta de um milhão de dólares, em quatro temporadas de “Mad men”, muitas personagens realizaram desejos: vimos divórcios, rodízios de parceiros amorosos, sexo casual, alegria, enfim libertação.
Mariana Weickert, apresentadora do GNT, posa para a nova revista “Beauty & Wellness”. À publicação, ela fala sobre beleza e saúde.
Triângulo
Bianca Byington vai entrar em “Insensato coração”. Ela, que trabalhou com Gilberto Braga no início da sua carreira em “Anos dourados”, disputará Douglas (Ricardo Tozzi) com Bibi (Maria Clara Gueiros).
Escalação
Aviso aos navegantes: o SBT abriu inscrições para o elenco da novela “Carrossel” em seu site (www.sbt.com.br). Eles querem crianças que tenham entre 7 e 9 anos e vão realizar os testes na emissora, em São Paulo.
Xuxa: a gaúcha de ‘As brasileiras’
Convidada por Daniel Filho, Xuxa deverá fazer um episódio de “As brasileiras”. A loura será, claro, a representante gaúcha da série. Só faltam fazer acertos de agenda: as gravações são em agosto, quando ela tem shows marcados na Argentina.
‘Pãe’
Rogéria —ou Astolfo Barroso Pinto —fará mais uma participação em “Os caras de pau” como ela mesma, no episódio do Dia dos Pais. Na série, Rogéria é o pai de Pedrão (Marcius Melhem).
Circo mesmo
A festa de lançamento de “O Astro” será depois de amanhã,no Circo Voador, na Lapa, cheia de clima. A Globo vai montar uma tenda piramidal de oito metros com globos espelhados suspensos.
Nota 10
Para Simone Spoladore, pela taxista Andrea de “Vidas em jogo”, novela de
Christiane Fridmann na Record. Ela é uma atriz talentosa, tinha feito um bom trabalho em “Bela, a feia” e, agora, vem repetindo a dose.
Nota 0
Para o serviço de closed caption. Dia desses, um bloco de “Insensato coração” tinha diálogos dos seguintes personagens: Áureo, Natália, Ícaro, Naomi... Ou seja: imagens da novela das 21h com legendas de “Morde & assopra”. Não pode. (Patrícia Kogut)
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