A crise da dívida soberana na zona do euro agravou-se. Autoridades europeias correm contra o relógio para colocar de pé até quinta-feira um pacote de US$ 160 bilhões em ajuda adicional à Grécia que possa ser considerado resposta eficaz ao nervosismo dos mercados, que ontem voltaram a amargar grandes baixas. O ouro subiu pela primeira vez a US$ 1.600 a onça e as ações tiveram mais um dia de queda. Títulos alemães e o franco suíço estiveram entre os ativos mais procurados no dia. O Ibovespa voltou a recuar: caiu 1,08% e já perdeu 15,1% no ano.
Segundo o "Financial Times", os líderes europeus se mostram indecisos e divididos em relação ao formato do pacote grego. Itália e Espanha - que, juntas, somam 28% do PIB da zona do euro - assistem à escalada perigosa dos juros cobrados por seus títulos. Os papéis da Espanha subiram para 6,39% e os da Itália, para 5,9%, aproximando-se aos poucos da marca fatídica dos 7% que levaram aos pedidos de auxílio de Grécia, Irlanda e Portugal. A persistência do impasse entre democratas e republicanos sobre o aumento do teto da dívida nos EUA contribui para piorar as expectativas.
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