Moradora do bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, a funcionária pública Sandra Regina Oliveira Diehl, de 34 anos, criava cerca de 150 peixes, até duas semanas atrás. De forma repentina, os animais apareceram mortos. Desconfiada da relação entre a mortandade dos peixes e uma obra realizada pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Sandra acionou foi atrás de respostas.
— Nosso açude é natural, vem de uma vertente. Quando comprei a residência, há uns sete anos, ele já existia. Nunca mexemos porque criamos os peixes ali — afirma Sandra.
Segundo a servidora pública, funcionários da prefeitura abriram valetas em sua propriedade para a instalação de canos de escoamento de esgoto. O Dmae afirma que a obra tem como objetivo despoluir as nascentes do Arroio Dilúvio e canalizar os resíduos domésticos que eram jogados no açude. A proprietária, no entanto, alega que a mudança poluiu as águas, em vez de limpá-las:
— Eu estava trabalhando quando meu filho telefonou para avisar que estavam largando esgoto para dentro do açude. No outro dia, os peixes morreram — lembra a servidora.
O Dmae informou, por meio da assessoria, que a ação de retirar o esgoto doméstico que era jogado no açude e que passou a ser canalizado e encaminhado ao interceptor do arroio Taquara pode ter reduzido a vazão de água que chega ao açude e, com isso, ocasionado a morte dos peixes.
O órgão municipal informou ainda que até a tarde desta segunda-feira, 18 de julho, não havia recebido do departamento jurídico a notificação encaminhada pela advogada de Sandra. Segundo o Dmae, assim que for notificado, vai avaliar o pedido da moradora.
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