O governo anuncia nos próximos dias a nova política industrial e as bases da desoneração da folha de salários das empresas, num conjunto de medidas para melhorar a competitividade da indústria, erodida pela valorização do real. A presidente Dilma Rousseff pediu aos técnicos do governo para rever todos os onze regimes tributários especiais. Serão criados novos incentivos fiscais para as áreas onde está havendo esvaziamento da cadeia produtiva, a exemplo do setor têxtil, e também para a indústria de tecnologia de informação e comunicação.
A nova política, cujo nome não está decidido, mas pode ser Brasil Maior, pretende elevar a taxa de investimento do país para 23% a 24% do PIB, em comparação aos 19% do PIB atuais, uma necessidade para que o país possa crescer 5% ao ano sem pressionar a inflação.
CEF venderá R$ 2 bilhões em recebíveis
Em uma iniciativa que deve ser seguida por outros bancos, a Caixa Econômica Federal prepara a venda de cerca de R$ 2 bilhões em contratos de financiamento imobiliário para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). É a maior operação de venda de recebíveis imobiliários residenciais já feita no Brasil, envolvendo mais de 40 mil contratos de pessoas físicas. Diante da iminente saturação dos recursos da poupança, que deve se tornar insuficiente para financiar o setor em 2012, a Caixa vai testar um novo modelo de operação, vendendo parte de sua carteira para o FGTS. Apesar de ter sido criada em 2008, a linha do FGTS para a compra de recebíveis imobiliários praticamente não vinha sendo usada por bancos e incorporadoras por problemas burocráticos. Procurada, a Caixa não se pronunciou sobre a operação.
Portfólio verde ganha novo status na Siemens
Siemens vai pôr em operação em 1º de outubro seu novo setor de negócios, chamado "Cidades e Infraestrutura", que atende à orientação da cúpula da multinacional para que se atente para a expansão da demanda internacional por tecnologias "verdes". Com a nova estrutura, boa parte do portfólio hoje espalhado pelos três setores da empresa (Energia, Indústria e Saúde) migrarão para o Cidades e Infraestrutura. Para ele irão 81 mil dos 100 mil funcionários envolvidos com a produção de centenas de itens "verdes" - de soluções para mobilidade urbana até "smart grid", o sistema inteligente de distribuição de energia que moldará as cidades no futuro.
Bolsa não para de cair e medida do BC puxa o dólar
A instabilidade nos mercados globais se intensificou ontem, com a crescente desconfiança dos investidores de que a Itália seguirá os exemplos de Grécia, Irlanda e Portugal e necessitará de uma operação de socorro financeiro para quitar sua dívida, a segunda maior da zona do euro. O Ibovespa recuou 2,1% ontem e já perdeu 13,1% no ano, um desempenho quase tão ruim quanto os 13,8% de queda da bolsa grega e pior que os 10,63% da bolsa de Milão, situada em um país tido como a próxima vítima da crise da dívida soberana.
A desvalorização das ações do Ibovespa reforçou a oportunidade de compra para o investidor com visão de longo prazo. A percepção dos analistas é de que o atual nível da bolsa é injusto, principalmente em relação a outros mercados.
Cresce o uso de drogas sintéticas
Cresce nos Estados Unidos o uso de uma série de drogas que reproduzem os efeitos de substâncias ilegais, mas são baseadas em compostos manufaturados e muitas vezes legais. Mais do que isso, uma complexa rede de fornecimento global, tornada possível pela internet, surgiu em poucos anos para produzir, embalar e despachar uma variedade cada vez maior de narcóticos. Ela está ganhando uma parcela cada vez maior do mercado de drogas recreativas. Scott Collier, do órgão responsável pelo combate às drogas (DEA, na sigla em inglês), estima que há ao menos mil fabricantes de drogas sintéticas no país.
Centralização de compras faz Saúde economizar R$ 603 mi
A nova política de compras governamentais do Ministério da Saúde, adotada no início do ano, resultou em uma economia de R$ 603 milhões com aquisições de remédios e insumos médicos distribuidos em hospitais e postos do Sistema Único de Saúde no primeiro semestre. Basicamente, o governo federal está negociando mais com produtores e centralizando as compras de Estados e municípios, com ganhos de escala.
Parecer da AGU adia projeto de R$ 4,8 bilhões
A Portucel Soporcel, um dos maiores fabricantes de papel e celulose da Europa, congelou projeto estimado em R$ 4,8 bilhões que inclui uma fábrica da fibra, geração de energia e plantio de cerca de 200 mil hectares de florestas em Mato Grosso do Sul. A decisão, segundo a empresa, se deve ao parecer da Advocacia-Geral da União que limitou a compra de terras no país por estrangeiros. Esses obstáculos não encerraram definitivamente os planos da Portucel para o Brasil. Em nota ao Valor, o grupo diz que "está empenhado em desenvolver os esforços necessários no sentido de ver ultrapassadas essas dificuldades".
Novos aviões para Gol, pós-Webjet
Depois de aprovada a compra pelo governo, a Gol pretende renovar a frota que hoje é da Webjet, composta por 24 aviões modelo Boeing 737-300. A marca Webjet será extinta com a integração das duas companhias.
BMW em Santa Catarina?
Após anunciar o interesse em instalar uma fábrica de carros na América do Sul, a BMW avança nos estudos de áreas para receber o projeto, incluindo negociação com o governo de Santa Catarina.
Menos recursos para açúcar
Os desembolsos do BNDES para o setor sucroalcooleiro caíram no primeiro semestre deste ano. Foram liberados até ontem R$ 2,90 bilhões, ante os R$ 3,36 bilhões do ano passado, em parte por causa dos juros mais elevados.
Mais demanda por lácteos
A demanda por produtos lácteos líquidos no mundo deve crescer 30% entre 2010 e 2020, segundo pesquisa da Tetra Pak o aumento deve ocorrer graças principalmente ao crescimento econômico nos mercados emergentes.
Disputa na holding Wilkes
A disputa entre Abílio Diniz e Casino pelo controle do Pão de Açúcar caminha para impasse na holding Wilkes. A expectativa é que Diniz tente levar o tema para ser debatido em assembleia do Pão de Açúcar, mesmo sem definição na Wilkes.
Autuações canceladas
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - que julga os recursos dos contribuintes contra as autuações - tem cancelado autos de infração com erros simples cometidos no seu preenchimento.
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