
‘A gente coloca a cara na janela a tapa, tem que estar preparado pra tudo”, disse Marcos Paulo à coluna, durante a pré-estreia de seu primeiro longa, ‘Assalto ao Banco Central’, segunda-feira, no New YorK City Center, na Barra. Inspirado no inacreditável roubo que aconteceu em 2005, em que, por meio de um túnel de 80 metros, um bando surrupiou R$ 164 milhões do cofre do Banco Central, em Fortaleza, o filme lotou as salas do complexo.
“Pareço alguém que não está bem?”, respondeu o diretor, que passa por um difícil tratamento de câncer no esôfago, à pergunta de uma jornalista. Um dos momentos mais emocionantes da noite, aliás, foi a chegada do ator Duda Ribeiro, que recebeu um transplante de fígado em janeiro por conta de um câncer. “Estou chorando porque fiz questão de ter o Duda Ribeiro conosco nesse filme e eu me lembro de ele ter falado pra mim que não sabia se sobreviveria para estar no lançamento e agora meu marido aqui, passando por todo esse problema, mas estamos firmes e fortes”, disse Antonia Fontenelle. Ao lado de Marcos, ela está na pré-produção do filme ‘Sequestrados’, com estreia prevista para 2012.
Também no elenco, Lima Duarte contou o que faria se ganhasse uma bolada forte de dinheiro: “Seria senador”. Por enquanto, ele diz estar lendo quatro roteiros de cinema. “Novela, sempre que me chamam, finjo que não ouço”.
Entre os outros atores presentes, viam-se Heitor Martinez, Giulia Gam, Tonico Pereira, Vinicius de Oliveira e Eriberto Leão, totalmente diferente de Pedro, personagem bonzinho de ‘Insensato Coração’, inclusive nas cenas calientes de sexo. “O filme foi legal porque veio em uma boa hora. Um contraste grande com o Pedro. As cenas de sexo foram tranquilas; como ator, tenho que estar preparado para isso e muitas outras coisas”, disse Leão.
Até hoje, R$ 140 milhões não foram recuperados — estima-se que cinco membros do bando ainda permaneçam em liberdade. Por conta das lacunas do caso, o site oficial do filme mantém um espaço para que as pessoas contribuam com novas informações. “É surpreendente o volume de informações novas que estão chegando. Não sei se vão ajudar na investigação, mas são subsídios que podem ser guardados para o futuro”, disse Marcos Paulo.
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