De acordo com o delegado Osnildo Lemes, da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, foram disparados 15 tiros de armas calibre 40 e 9 milímetros. Dos 15 tiros, 12 atingiram a recepção. Um dos seguranças do prédio estava no local, no momento, mas se jogou no chão a tempo de escapar dos disparos.
- A arma é utilizada por bandidos de alta periculosidade, geralmente ligados ao narcotráfico. Não são pessoas comuns, que quisessem fazer qualquer tipo de protesto - disse Lemes.
Há um mês, o prédio da Câmara Municipal de Maringá também foi alvo de um atentado. Dois homens em uma motocicleta atiraram várias vezes contra o prédio utilizando pistolas de 9 milímetros. Depois do atentado o policiamento no local foi reforçado durante as sessões. Além disso, novas câmeras de segurança e uma catraca deverão ser instaladas nos próximos meses.
O diretor geral da afiliada da Rede Globo, Ribamar Rodrigues, não quis atribuir motivação política ao atentado e disse apenas esperar a conclusão das investigações. A Gazeta de Maringá, cuja sede fica no mesmo prédio da RPC TV, foi responsável, no entanto, por reportagem que denuncia os repasses milionários (cerca de 15 milhões) do Ministério do Turismo para a prefeitura de Jandaia do Sul, também localizada no Norte do Paraná.
Em nota, a RPC TV Maringá informou que o "caso já está sob investigação das Polícias Civil e Militar" e reiterou que "desconhece qualquer razão que possa ter motivado o atentado".
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) emitiu uma nota pedindo empenho das autoridades para identificar e punir os autores do atentado.
- A ação criminosa é uma evidente tentativa de intimidação ao veículo de comunicação que é reconhecido por sua linha editorial independente e o seu compromisso com os interesses da comunidade - disse a nota.
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