É impressionante a repercussão da reportagem de três minutos exibida no “Jornal Nacional” de sábado (13) a respeito da investigação policial sobre irregularidades no contrato para a realização do amistoso entre Brasil 6 a 2 Portugal, ocorrido em 2008.
Trata-se de um caso antigo, noticiado pela primeira vez em 2009. A investigação envolve diretamente Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e alguns de seus amigos e aliados no mundo da política e do futebol.
Se a investigação, em si, não constitui novidade, o mesmo não se pode dizer do fato de a Rede Globo ter dedicado tempo de seu mais importante noticiário a ela. Por esta razão, a repercussão da notícia não foi o conteúdo em si, mas as especulações sobre os motivos que levaram o veículo a dar a informação.
Estranho? Não. Parceira comercial da CBF, a Globo vinha sendo bastante comedida há anos na área do jornalismo em investigações próprias ou mesmo na reprodução de notícias de conhecimento público desfavoráveis a Teixeira.
Na famosa reportagem da revista “Piauí”, o presidente da CBF sente-se à vontade para dizer que não teme nenhuma crítica, com exceção daquelas apresentadas pelo “Jornal Nacional”.
ão preocupação, e nas razões que a Globo teria para levar ao ar o assunto. Mais do que os motivos que levaram a Globo a tratar do caso, para o espectador interessa saber se a emissora tratará regularmente, e com profundidade, das diferentes denúncias envolvendo a CBF e o seu presidente. Só fazendo isso, não causará surpresa quando noticiar algo a respeito.
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