O tempo para a formação chega a ser 75% menor que em um curso superior de quatro anos. A remuneração, mais atraente que a oferecida na operação. Se estes dois aspectos ainda não são suficientes para convencer o leitor de que a formação técnica pode ser uma opção interessante para se colocar bem no mercado de trabalho, que tal este argumento: as taxas de empregabilidade entre os profissionais formados em cursos técnicos ficam em torno de 70%, em até seis meses após as conclusões dos cursos, de acordo com duas das principais instituições formadoras de profissionais com este perfil na Bahia – o Serviço de Aprendizagem da Indústria (Senai) e a Fundação Baiana de Engenharia (FBE).
A pesquisa de egressos do Instituto Federal da Bahia (Ifba), com os formando em 2009, mostra que 69,15% continuaram na área de formação no ano seguinte. E que 83,9% saíram dos cursos satisfeitos.
Se os percentuais já impressionam, de acordo com o gerente do Senai-Dendezeiros, Cid Carvalho Viana, em algumas áreas de formação, o sentido da fila de espera chega a se inverter.
“Nos cursos relacionados à construção civil, o comum são as empresas correrem atrás dos profissionais. Temos diversos alunos que são contratados como estagiários antes mesmo de se formarem”, conta Viana.
Mas, para a alegria de quem sonha entrar no mercado de trabalho, a construção não é a única área em que a procura por profissionais com formação técnica anda aquecida. Na lista, constam ainda as profissões relacionadas ao mercado de petróleo e gás, mecatrônica, logística e processos químicos, além de segurança no trabalho.
“Existe uma escassez de técnicos no Brasil porque se passou muito tempo sem investir nesta formação. Aqui na Bahia o processo é acentuado também pela diversificação da indústria”, avalia o gerente do Senai.
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