Os bancos estão se tornando mais rígidos na liberação de empréstimos para pessoas físicas e micro e pequenas empresas, precavendo-se de um cenário adverso que combinará desaceleração da economia, maior desemprego, queda na renda e avanço da inadimplência. "Estamos mais rigorosos", avisa Rogério Calderón, diretor de controladoria do Itaú Unibanco. Outros bancos também vêm promovendo ajustes em suas políticas de concessão de crédito. Banco do Brasil (BB) e HSBC revisaram para baixo as projeções de expansão da carteira em 2011.
O alvo de maior preocupação no Itaú Unibanco são as micro e pequenas empresas, com faturamento anual de até R$ 6 milhões. Para o segmento, a maior seletividade se traduz na exigência de mais garantias, sobretudo recebíveis de cartões de crédito, de cheques pré-datados e duplicatas. "Se antes o volume de garantias girava em torno de 30% do valor do empréstimo, agora passou para 50%", diz Calderón.
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