A Superintendência do Hospital das Clínicas de Botucatu, no interior de São Paulo, decidiu que vai afastar os médicos suspeitos de bater ponto e não cumprir a carga horária prevista em contrato. Eles foram flagrados por uma equipe de reportagem da TV Tem, afiliada da Rede Globo, deixando o local de trabalho para ir à academia ou à feira. Uma sindicância já foi aberta pela instituição para apurar as denúncias. O Ministério Público Estadual também informou que vai investigar o caso.
O ortopedista Reinaldo Volpi trabalha no Hospital das Clínicas de Botucatu e recebe do estado entre R$ 7 mil e R$ 9 mil por mês para cumprir uma jornada diária de oito horas. Mas o médico não respeita a carga horária e realiza outras atividades durante o período em que deveria atendendo pacientes. Durante um mês, com o auxílio de uma câmera escondida, a equipe de reportagem acompanhou a rotina do ortopedista. Ele chega ao hospital por volta das 7h e bate o ponto no relógio digital. O médico deixa o hospital e segue para uma academia de ginástica. Depois, às 8h05, ele deixa a academia e vai para casa.
Volpi não cumpre a jornada porque tem outro emprego. Ele também é contratado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para atender em um ambulatório. Lá, o ortopedista deveria dar atendimento durante quatro horas diárias, de segunda a sexta-feira, mas ele também não respeita os horários. Às 15h, ele vai para o Hospital das Clínicas. A pressa tem justificativa: o ortopedista precisa fechar o ponto que abriu às 7h.
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