A 8ª Conferência Estadual de Saúde e que teve como o tema central “Todos usam o SUS! SUS na seguridade social, política pública, patrimônio do povo brasileiro”, foi encerrada ontem, dia 15 de setembro, no Centro de Convenções, em Salvador, com boas perspectivas para Itabuna, que reivindicou a retomada da gestão plena da saúde e mais recursos para investimentos no atendimento à população, segundo o secretário Municipal da Saúde, Geraldo Magela.
Ele destacou a importância da mobilização dos secretários municipais da saúde no sentido de implementação de projetos e captação de mais recursos para o setor.
Citando como exemplo o caso de Itabuna, Magela lembra que o município tem investido cada vez mais na atenção básica, mas mesmo assim, em função da demanda de crescente de serviços, “há a necessidade de um maior aporte de recursos do governo federal e do Estado, uma vez que os municípios é que sustentam estes serviços”, argumentou.
Reformas
Geraldo Magela ressaltou ainda, a discussão com representantes do governo federal e do estado para o aporte de recursos para reforma e ampliação dos postos de saúde do município e do investimento de mais R$ 3 milhões para a criação de mais 90 leitos no Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães, que é uma referência para pacientes de mais de 120 municípios. Ele conta que também foi procurado por secretários de municípios da região interessados em formatar uma pactuação com Itabuna na área da saúde.
Outro ponto importante para o secretário foi com relação ao debate sobre a necessidade de fortalecimento dos hospitais da rede pública, evitando assim a terceirização e a conseqüente privatização dos serviços, fazendo cumprir o que determina a lei 8.080, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
Gestão plena
O secretário observa que Itabuna tem ampliado o atendimento na atenção básica, e há a necessidade de retomada da gestão plena da saúde, que hoje tem um duplo comando e está na contramão do que ocorre em todo o país, onde a saúde é municipalizada: “Também não se justifica que o Hospital de Base, com 200 leitos, receba um repasse mensal de R$ 1,5 milhão, enquanto o Hospital Regional de Ilhéus, com 90 leitos, recebe mais de R$ 5 milhões”, complementou.
Magela chama a atenção para outro aspecto, pois somente na área de oftalmologia, com a perda da gestão plena dos recursos para média e alta complexidade, Itabuna deixou de atender a uma aproximadamente 4,6 mil exames por mês, para realizar apenas 490 solicitações, o que representa uma redução de 90%: “o que gera um paradoxo, pois enquanto a população aumenta, nós tivemos uma redução do número de exames”.
Para ele, a comunidade quer a solução deste problema e essa também é a preocupação do governo municipal, uma vez que a cidade oferece resolutibidade na área da saúde e “tem um dos 13 prontos-socorros mais eficientes do estado, daí a necessidade de ampliar a parceria com a União e o Estado para salvar vidas”.
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