Nova novela das sete da Globo copia reality show de Galisteu

Giovanna Antonelli e Ricardo Pereira gravam cena de Aquele Beijo em Cartágena, na Colômbia (Estevam Avellar/TV Globo)

Próxima novela das sete da Globo, Aquele Beijo terá uma competição de estilistas nos moldes do reality show Projeto Fashion, apresentado por Adriane Galisteu, a estrear amanhã na Band.
O concurso vai acontecer de verdade, ou seja, não será apenas encenado, mas incorporado à ficção.
A inspiração no novo reality show é citada em material enviado pela Globo às suas afiliadas, para orientá-las sobre o lançamento da substituta de Morde e Assopra, em 17 de outubro.
"A ideia é ter um reality de moda na trama, concurso melhor estilista a desenhar um vestido para a Comprare [loja fictícia de artigos de luxo, tipo Daslu], que acontecerá na vida real, como o programa Project Runway", diz o texto da Globo. Project Runway é o nome original de Projeto Fashion.
Outra inspiração de Miguel Falabella, autor de Aquele Beijo, vem do cinema.
Em seus primeiros capítulos, a novela terá um narrador, o próprio Falabella. O telespectador vai ouvir intervenções desse narrador onisciente _que tudo sabe e tudo vê. A estrutura foi abertamente extraída do filme francês O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, de 2001.
"Aquele Beijo é uma comédia romântica fantasiosa. Um universo de encantamento, como o do filme Amélie Poulain, em que a escolha de um narrador para contar essa história confere mágica à trama, principalmente pelo olhar curioso sobre os personagens", anuncia o texto enviado às afiliadas.
Até o nome da novela tem inspiração em outra obra artística. Vem de uma fotografia de Alfred Eisenstaedt (1898-1995), um importante fotojornalista.
Na foto um marinheiro americano beija a enfermeira Edith Shain, na Time Square, em Nova York, durante a celebração da vitória dos EUA sobre o Japão, na Segunda Guerra Mundial.
Referências da vida real, como a da austríaca Natascha Kampusch, que foi raptada e mantida durante oito anos trancada num porão, também serão utilizadas.
Na ficção, Zezeh Barbosa fica prisioneira de um nobre francês durante 20 anos e volta ao Brasil, para tentar recuperar os laços com a filha, que ela deixou num orfanato.
(Daniel Castro)