Gastão Vieira, que toma posse hoje como ministro do Turismo, foi grande crítico do mensalão, que considerou um "caso de corrupção sem paralelo" no país.
Entre 2005 e 2009, Vieira atacou o governo em discursos na Câmara dos Deputados e disse que o Executivo havia preferido "comprar partidos".
Em seus pronunciamentos feitos à época, ele disse que o mensalão partiu do Executivo e o governo, em vez de aproveitar a popularidade de Lula, preferiu "comprar partidos e cooptar deputados".
"A crise tem origem no Executivo, que poderia usar a força dos votos que trouxe Lula para a Presidência e fazer as reformas com nossa adesão."
Vieira chegou a considerar que Lula corria risco de sofrer impeachment.
"Devemos eleger um presidente para a Câmara independentemente do tamanho de bancada, que não provoque o impeachment do presidente Lula, mas esteja pronto para fazê-lo se as circunstâncias assim o determinarem", discursou no plenário, três meses após o mensalão ser revelado pela Folha.
Na Câmara, também bateu de frente com a ala do PT contrária ao apoio de José Sarney (PMDB-AP) a Lula: "Alguns deputados do PT quererem ser donos da verdade e das obras do governo".
Outro ponto de atrito foi a questão econômica. Ele criticou um dos principais argumentos do governo na área: a "herança maldita do governo Fernando Henrique". Para Vieira, o discurso refletia "medo de Lula não ter êxito no enfrentamento da crise".
O novo ministro de Dilma assume o cargo depois de cinco auxiliares caírem em nove meses do governo, quatro deles envolvidos em suspeitas de corrupção.
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