sexta-feira, setembro 16, 2011

Novo ministro atribuiu mensalão ao governo Lula

Gastão Vieira, que toma posse hoje como ministro do Turismo, foi grande crítico do mensalão, que considerou um "caso de corrupção sem paralelo" no país.
Entre 2005 e 2009, Vieira atacou o governo em discursos na Câmara dos Deputados e disse que o Executivo havia preferido "comprar partidos".
Em seus pronunciamentos feitos à época, ele disse que o mensalão partiu do Executivo e o governo, em vez de aproveitar a popularidade de Lula, preferiu "comprar partidos e cooptar deputados".
"A crise tem origem no Executivo, que poderia usar a força dos votos que trouxe Lula para a Presidência e fazer as reformas com nossa adesão."
Vieira chegou a considerar que Lula corria risco de sofrer impeachment.
"Devemos eleger um presidente para a Câmara independentemente do tamanho de bancada, que não provoque o impeachment do presidente Lula, mas esteja pronto para fazê-lo se as circunstâncias assim o determinarem", discursou no plenário, três meses após o mensalão ser revelado pela Folha.
Na Câmara, também bateu de frente com a ala do PT contrária ao apoio de José Sarney (PMDB-AP) a Lula: "Alguns deputados do PT quererem ser donos da verdade e das obras do governo".
Outro ponto de atrito foi a questão econômica. Ele criticou um dos principais argumentos do governo na área: a "herança maldita do governo Fernando Henrique". Para Vieira, o discurso refletia "medo de Lula não ter êxito no enfrentamento da crise".
O novo ministro de Dilma assume o cargo depois de cinco auxiliares caírem em nove meses do governo, quatro deles envolvidos em suspeitas de corrupção.

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