O sistema Anchieta-Imigrantes convive com uma escalada de vítimas em 2011. Embora os acidentes tenham caído 14% de janeiro a setembro deste ano, estão mais graves: houve 19% mais mortos (92) e 31% mais feridos (2.595) em relação ao mesmo período de 2010.
Com 13 anos sob concessão, nunca houve tantos feridos. E a quantidade de mortos é a maior em quatro anos. O crescimento ocorria antes mesmo do megaengavetamento de 15 de setembro, que, num dia de neblina, envolveu cerca de 300 veículos, deixou um morto e 51 feridos.
Na prática, essas estradas que são a principal rota do litoral sul já têm acumulado dez vítimas diariamente -equivale a um megaengavetamento a cada cinco dias.
Houve piora em atropelamentos, em eventos sequenciais (duas batidas consecutivas) e em colisões traseiras. Não há uma explicação única para essa tendência no sistema (que inclui parte da Cônego Domênico Rangoni e Padre Manoel da Nóbrega). Especialistas citam, dentre as hipóteses, um eventual relaxamento da fiscalização da velocidade e da Lei Seca. Há também questionamentos sobre os impactos do tráfego de caminhões pós-Rodoanel Sul.
Segundo a Ecovias, as regiões com maior predominância de acidentes estão próximas de trechos urbanos: na Anchieta, do km 16 ao km 30 (em São Bernardo do Campo); na Imigrantes, do km 65 ao km 70 (em São Vicente).
A Ecovias diz que 85% dos feridos são leves e culpa a "imprudência de motoristas e pedestres". A disparada de vítimas independe do aumento de veículos no sistema.
Uma fórmula do governo (que já leva em consideração a variação do número de veí culos) mostra (até agosto) piora de 8% no índice de mortos e de 29% no de feridos.
A tendência não é generalizada nas estradas estaduais (no Estado, caíram os índices de acidentes e de vítimas).
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