Classificação de gastos, organização de planilhas e análise do fluxo de caixa. Rotinas que fazem parte do cotidiano de qualquer empresa podem também ser adotadas por quem quer fazer o seu planejamento financeiro pessoal. Para isso, os cidadãos têm à disposição ferramentas como sites na internet, softwares para computador, além de aplicativos para tablets e smartphones.
As opções de aplicativos financeiros são inúmeras. E suas funcionalidades mais diversas ainda. Os aplicativos mais simples se limitam ao cruzamento das receitas e aos gastos registrados pelo usuário. As mais complexas permitem a formatação de gráficos, o uso dos dados da agenda telefônica para registrar credores e devedores a até a importação de dados do seu extrato bancário.
Na avaliação do analista financeiro e doutor em economia pela Universidade de Brasília (UnB) Humberto Veiga a adoção de softwares e aplicativos pode auxiliar as famílias na organização das finanças: “É importante que as pessoas tenham uma noção clara sobre para onde o dinheiro está indo. Tendo esta consciência, elas podem organizar melhor o orçamento para não se endividarem”.
Dentre as ferramentas disponíveis, Veiga destaca o smartphone como uma das mais úteis, pois é um equipamento que está sempre à mão e permite o registro das despesas e receitas de maneira imediata.
Contudo, explica Veiga, é importante que cada pessoa busque o aplicativo mais adequado para si. Muitas vezes, a complexidade da tecnologia pode acabar gerando o efeito contrário. “Se o software ou aplicativo for muito complicado pode acabar desestimulando o planejamento das finanças”, explica.
Segurança
Segundo o analista financeiro, os aplicativos mais complexos são indicados apenas para as pessoas mais detalhistas, que possuem tempo disponível para vasculhar informações e gerar gráficos. Para quem tem um orçamento simplificado, o ideal é se ater ao registro e cruzamento entre receitas e despesas.
A utilização de ferramentas tecnológicas, contudo, demanda cuidados por parte do usuário para evitar problemas como a infecção do aplicativo com vírus ou a exposição dos dados financeiros, por meio da ação de “cavalos de troia”.
Segundo o perito em crimes digitais e diretor da empresa E-Net Security, Wanderson Castilho, a origem do aplicativo pode determinar seu nível de segurança. Os aplicativos da Apple, destinados a plataformas como Ipad e Iphone, são tidos como mais seguros pois são distribuídos exclusivamente pela Apple Store. “Por outro lado, é uma opção que acaba limitando o consumidor aos aplicativos da empresa”, pontua.
Já os smartphones que operam com sistema Android, desenvolvido pelo Google, dão mais liberdade de escolha ao consumidor para a escolha do aplicativo. Contudo, o sistema é mais susceptível a ataques externos. “Neste caso, a responsabilidade da segurança é do próprio consumidor”, pontua Castilho.
Castilho ainda destaca a necessidade do uso de sistema antivírus, seja na plataforma de um computador, um tablet ou smartphone. “As pessoas ainda não estão percebendo que a diferença entre um smartphone em relação a um notebook está só no tamanho e nivel de processamento. Devemos ter com o celular as mesmas preocupações que temos com o nosso computador”, orienta o especialista.
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