segunda-feira, novembro 14, 2011
Assim como Ana de ’A vida da gente’, cantora sai do coma
Na véspera de Ana (Fernanda Vasconcellos) dar sinais de que acordará do coma em "A vida da gente" — ela aperta a mão da mãe, Eva (Ana Beatriz Nogueira) no capítulo de quarta-feira —, uma personagem da vida real, que viveu a mesma experiência, começa a vender um livro autobiográfico em seu site (www.biancatoledo.com.br). A cantora gospel Bianca Toledo, de 32 anos, conta sua luta pela vida em "A história de um milagre", que também se tornará documentário em dezembro.
— A novela é importante para sensibilizar o público. Assim as pessoas não precisam ir para um leito de CTI para dar valor à vida. É uma situação terrível, mas profundamente transformadora — declara Bianca.
No dia 11 de outubro de 2010, a cantora, que venceu o quadro "Usina de talentos" do "Programa Raul Gil" em 2002, deu entrada na Perinatal, de Laranjeiras, para dar à luz José Vittorio. Lá descobriu que não era sua bolsa, mas seu intestino que havia rompido, e estava com uma infecção generalizada. O bebê nasceu, foi para casa, mas ela permaneceu 52 dias em estado de coma.
— Minhas últimas lembranças são do obstetra dizendo: "Mãe, o seu bebê vai nascer hoje!". Quando estava em coma, tive uma série de sonhos, e quando acordei, descobri que foram situações que aconteceram. Lembro das músicas que colocaram para tocar no CTI, que profetizavam liberdade. Eu sonhava que estava presa, amarrada, mas ouvia vozes e me soltavam — relembra ela, que passou por dez cirurgias no estômago e no pulmão, 300 transfusões de sangue, hemodiálise e duas paradas cardíacas.
Na ficção, Ana também ouvirá música no hospital e chorará, no capítulo de sábado. Após acordar de fato, no dia 21, reaprenderá a engolir, a andar, a comer... O mesmo aconteceu com Bianca, que ficou por mais dois meses internada.
— Tive que aprender de novo a andar, tudo. Tomei meu primeiro suco no dia em que meu filho provou a primeira papinha — lembra ela, que só pôde conhecer seu neném quando voltou para casa: — No início, eu movimentava apenas os olhos, até ter alta e sair numa cadeira de rodas. Mas ainda estava numa quarentena e ninguém podia tocar em mim. Mas assim que José Vittorio me viu, sorriu. Mesmo sem poder mexer nele, meu filho sabia quem eu era.
Por ter superado tantas adversidades, Bianca se sente com a missão de relatar o que viveu. Frequentadora da Igreja Batista Central da Barra, que promoveu uma campanha de oração nacional por sua recuperação, a cantora também vai gravar um CD de louvor.
— Não conseguia respirar sozinha. Sou a prova viva de que Deus existe! (Extra)
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