domingo, novembro 06, 2011

Ilhéus já concentra 25% das mortes causadas pela sífilis na Bahia

É o que informa o relatório da Vigilância Epidemiológica do Estado. Nesse período foram 20 mortes em toda a Bahia.
Ilhéus foi o município com a maior quantidade de pessoas que não resistiram à doença, além de registrar aumento no número de casos notificados nos últimos anos.
De acordo com o relatório, além de Ilhéus, apresentam a maior carga de incidência da Sífilis Congênita (SC) Itabuna, Porto Seguro, Salvador, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Juazeiro, Alagoinhas e Feira de Santana.
Ilhéus, Conquista, Teixeira de Freitas, Porto Seguro e Feira de Santana têm apresentado crescimento no número de doentes nos últimos anos. Os dados oficiais revelam que a maioria das pessoas que contraem a sífilis tem baixa escolaridade, com ensino fundamental incompleto.
Perfil
Segundo a Vigilância Epidemiológica da Bahia, 57% das mulheres gestantes que contraíram a doença eram da raça parda e 20% negras. A maioria está na faixa de 20 a 29 anos e 42% não chegaram a concluir o ensino fundamental, o que mostra que o não acesso à informação é um fator.
Para o Ministério da Saúde, a sífilis em gestantes ainda é um evento subnotificado no país. Em 2009 foi notificado o maior número de casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 8.737, porém ainda não foi alcançada a estimativa anual, de cerca de 12 mil casos.
O coeficiente de detecção para o país, em 2009, era de 3 casos por 1.000 nascidos vivos. Na Bahia, de 2007 a agosto de 2011, foram diagnosticados e notificados no Sinan 2.210 casos de sífilis em gestantes. Os dados mostram que a cada ano aumenta de 10% a 30% o número de casos notificados.
Outro dado preocupante é que o coeficiente de detecção está em alta. Nos anos de 2009 e 2011, os coeficientes de detecção foram de 2,4 e 2,7 casos por 1.000 nascidos vivos (NV), o que significou índices próximos ao registrado nacionalmente em 2009.
Na Bahia, entre 2000 e 2010, foram registrados 2.833 casos de sífilis congênita em menores de um ano, com aumento de notificações a cada ano. Em 2000, a taxa de incidência era de 0,8 caso por 1.000, saltando para 1,8 casos por 1.000 nascidos vivos em 2010, o que representa o aumento de 125%.
No mesmo período, no Brasil foram notificados 54.141 casos de sífilis congênita. A maior incidência está concentrada no nordeste, onde foi de 2,2 por mil nascidos vivos em 2009.
A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, causada pelo Treponema pallidum. A transmissão é sexual e também vertical, provocando a SC. A transmissão não-sexual, por transfusão sanguínea ou inoculação acidental, é improvável.
http://www2.uol.com.br/aregiao/ilheus.htm

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