A interdição do Complexo Policial Investigador Bandeira, em Feira de Santana (a 108 km de capital), aliada à superlotação do conjunto penal da cidade, está obrigando a polícia a remeter presos em flagrante para Salvador.Na manhã desta sexta-feira, 11, oito custodiados na 2ª Delegacia Territorial seguiram para a capital, sob escolta de agentes civis, um dia após 31 amotinados da Delegacia de Itaberaba chegarem ao Complexo Penitenciário da Mata Escura.
A superlotação de parte dos 23 presídios baianos preocupa instituições do Estado, cujas atenções se voltam para a segurança pública e à garantia dos direitos dos detentos. O coordenador regional da Polícia Civil em Feira de Santana, delegado Ricardo Brito, explicou que, desde a rebelião de 23 de outubro, o Complexo Bandeira não pode abrigar os detentos, por determinação da Vara de Execuções Penais, que acatou pedido da Defensoria Pública.
Diante da recusa dos agentes penitenciários do conjunto penal de Feira que, devido à superlotação do presídio, se negaram a receber os presos do complexo, o delegado determinou que, até segunda ordem, as pessoas detidas em flagrante no segundo maior município baiano serão custodiadas na 2ª Delegacia.
“Os flagrantes serão lavrados nas delegacias especializadas: Tóxicos e Entorpecentes e Furtos e Roubos, além da 1ª Delegacia”, detalhou. “Ao atingir o limite de dez presos, vou transferí-los para Salvador”.
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