sábado, novembro 12, 2011

Seguranças de Ronaldinho são acusados de ligação com crime


Em depoimento nesta sexta-feira no julgamento sobre a morte juíza Patrícia Acioli, o delegado da Polícia Federal Victor Cesar Carvalho revelou que o tenente Daniel Benitez, acusado de articular a execução da magistrada, armou plano para incriminar outro PM do 7º BPM (São Gonçalo). Dois homens da equipe que faz a segurança do jogador Ronaldinho Gaúcho estariam envolvidos no esquema.
A intenção de Benitez era assassinar o policial, que também era investigado, e ‘plantar’ nele a arma usada na execução de Patrícia, fazendo dele o principal suspeito.
O delegado federal contou que, um dia após a morte de Patricia Acioli, Benitez teria se encontrado com milicianos do Morro São José Operário, na Praça Seca, Zona Oeste, para quem teria dado a arma, que foi escondida em imóvel da favela. A arma foi apreendida e o plano não chegou a ser concretizado.
Preso, Benitez teria contatado um sargento da PM, chamado Ribeiro, a quem teria ordenado pôr o plano em ação, segundo depoimento do delegado. Ribeiro teria sido sócio em depósito de gás no Morro São José do tenente-coronel Cláudio Oliveira, ex-comandante do 7º BPM e um dos 11 réus na morte de Patrícia.

Motorista seria o executor
Ribeiro seria chefe da segurança de Ronaldinho, e a pessoa que mataria o PM (não identificado) e plantaria a arma seria Diego, 25 anos, conhecido como ‘Orelha’, apontado como motorista do atleta, segundo o depoimento do delegado e inquérito da PF que apura a origem da arma.
Empresário e irmão de Ronaldinho, Roberto de Assis se mostrou surpreso, confirmou que há um Ribeiro na segurança do jogador. Assis disse não se lembrar de ninguém com nome Diego e apelido Orelha e que o motorista particular de Ronaldinho se chama Sérgio Costa.

Juíza estaria preocupada com milícia
Ex-secretário da juíza morta, Dario Ferreira Leal contou ontem, em depoimento à Justiça, que Patrícia sofreu inúmeras ameaças de morte desde quando atuava na Comarca de Itaboraí. Mas ela teria começado a se preocupar quando soube de ameaças envolvendo o nome do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira porque, segundo ela, ele pertenceria a uma milícia.
Primeira testemunha de defesa ouvida, o ex-comandante da PM do Rio coronel Mário Sérgio Duarte afirmou que não é amigo pessoal do coronel Cláudio Oliveira e que, em outubro de 2010, o convocou para comandar o 7º BPM por sua habilidade operacional, numa tentativa de conter a criminalidade em São Gonçalo. Cerca de 130 testemunhas de defesa serão ouvidas na semana que vem.

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