sábado, novembro 05, 2011

Investigada nos EUA por suborno, Embraer tem prejuízo


Apesar de estar sendo investigada pela Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM do mercado americano) e pelo Ministério da Justiça americano por práticas de corrupção, a Embraer acredita que não perderá os negócios nos Estados Unidos. Essa é a avaliação do presidente da companhia, Frederico Curado. Segundo ele, uma possível suspensão dos negócios só aconteceria se a Embraer já tivesse sido condenada. A empresa teria violado a lei americana à luz da US Foreign Corrupt Practices Act, que prevê punição à prática de corrupção de empresas fora dos EUA.
As autoridades investigam suspeitas de prática de suborno por parte de executivos da Embraer envolvendo transações em três países específicos.
- Teríamos que ser condenados para que os negócios fossem suspensos, ou desconsiderados - disse Curado, em teleconferência com jornalistas.
A Embraer disputa com outras três empresas contrato para o fornecimento de 100 aviões de ataque leve para o governo americano. O negócio é avaliado em US$1,5 bilhão, já que cada versão simples da aeronave (o Super Tucano, no caso da Embraer) custa entre US$10 milhões e US$15 milhões. Também estão na disputa a americana Hawker-Beechcraft (com o T-6 Texan), a italiana Alenia (com o jato Alenia Aermacchi m-346) e a suíça Pilatus Aircraft (com o Pilatus PC).
Se for considerada culpada das acusações de suborno, além de ser impedida de fazer negócios nos EUA, a Embraer poderá ser multada, e os executivos envolvidos no negócio poderão ser presos.
A Embraer contratou advogados para acompanhar as investigações. Curado afirmou que a empresa não tolera corrupção, tanto que integra voluntariamente o Pacto Geral das Nações Unidas que repudia a prática de fraudes. Sem dar muitos detalhes, a empresa brasileira disse em um comunicado que também está apurando as tais transações realizadas nos três países.
- A companhia trata o caso com seriedade e serenidade. Divulgamos voluntariamente a investigação para dar transparência ao negócio. É preciso evitar ilação precoce sobre o assunto - disse Curado. (O Globo)

Nenhum comentário: