domingo, dezembro 11, 2011

Abstenção em Belém preocupa líderes contrários à divisão do Pará


Apesar da possibilidade de alta abstenção no plebiscito, líderes acreditam que população votará contra a divisão do Estado
Belém - Os líderes das frentes contra a divisão do Pará, chamados unionistas, afirmaram na manhã deste domingo que estão otimistas com relação ao resultado do plebiscito que acontece neste domingo no Estado, mas admitem que o baixo comparecimento às urnas em Belém preocupa. Os separatistas apostam em um alto índice de abstenção na capital para reverter o processo do plebiscito, amplamente favorável à não separação do Estado.
O presidente da frente contra a criação do Estado de Tapajós, deputado estadual Celso Sabino (PR), estima que a abstenção na região metropolitana de Belém, em função do feriado prolongado, fique em torno de 20%. "A abstenção preocupa. Estamos conclamando a população para que compareçam às urnas neste domingo. Mas o resultado deve ser favorável", diz. O deputado votou às 9h30 em Belém.
Já o presidente da frente contra a criação do Estao de Carajás, deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB), acredita que, mesmo com a abstenção alta, não haverá impacto no resultado do plebiscito, já que pesquisa Datafolha aponta uma vantagem de 30%. "A nossa expectativa é muito positiva", afirma. Coutinho votou às 10h na capital paraense.
Os líderes das frente favoráveis à divisão do Pará ainda não compareceram às urnas.
Em entrevista coletiva realizada hoje, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandowski, classificou como "tranquilo" o início da votação no plebiscito no Pará sobre a divisão do Estado. Lewandowski citou apenas um caso de apreensão de material ilegal de campanha. A apreensão ocorreu em Belém. O ministro, no entanto, não informou qual das frentes é responsável pelo material.
Até agora o plebiscito custou R$ 19 milhões. A previsão inicial era que custasse R$ 25 milhões. "O plebiscito está consolidando a democracia brasileira", disse o ministro.

Pará dividido
Mesmo que o plebiscito decisa pela união do Estado, o Pará sairá das urnas neste domingo dividido. Isso porque o eleitorado de Belém e arredores, muito mais numeroso, que deve impedir a separação - o que pode amplificar a sensação de "marginalidade" dos moradores das demais regiões do Estado. (IG)

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