O atacante Adriano deve prestar depoimento por volta das 18h desta segunda-feira na 16ª DP (Barra da Tijuca). O jogador pode ajudar a esclarecer alguns pontos sobre o tiro que atingiu a mão da estudante de Moda Adriene Cyrilo Pinto, de 20 anos, dentro de seu carro. O tiro partiu do banco traseiro da BMW, segundo perícia preliminar feita no veículo.
De acordo com a jovem, o Imperador estaria ao lado dela quando a teria ferido acidentalmente com a pistola calibre 40. A análise inicial da perícia aponta que o projétil encontrado na porta da BMW foi disparado na parte traseira do veículo. O laudo final deve sair em 20 dias. O delegado Fernando Reis considera “indispensável” uma acareação entre a vítima e o atacante do Corinthians, para esclarecer as contradições. Eles devem ficar frente a frente até quarta-feira, data prevista para Adriene deixar o Hospital Barra D’Or.
Nesta terça-feira ela passará por cirurgia de reconstrução do dedo atingido, o indicador esquerdo. Neste domingo, a única visita que Adriene recebeu no quarto foi da amiga Viviane Faria, que estava na BMW mas não quis comentar o caso.
Segundo a polícia, dos seis depoimentos — inclusive o de Adriano, ouvido no hospital — somente a estudante disse que o craque estava no banco de trás. As demais testemunhas sustentam a versão de que ele estava no carona, ao lado do tenente reformado da PM Júlio Cesar Barros, seu segurança.
Outra divergência a ser confrontada na acareação é a de que só a vítima relatou que o tiro acidental teria sido dado pelo atleta. Algumas testemunhas disseram que a jovem é que teria feito o disparo. O delegado aguarda os resultados dos exames de pólvora, feito nas mãos do jogador e da estudante, e da perícia na pistola calibre 40, que foi apreendida.
O grupo saiu da boate Barra Music e, segundo policiais, iria para a casa de Adriano. Antes da noitada, Adriene teria discutido com o ex-marido. Funcionários do hospital contaram que ele foi à unidade, fez escândalo e foi contido.
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