No dia seguinte à libertação do coronel Djalma Beltrami, concedida pelo desembargador Paulo Rangel na noite de terça-feira, a Polícia Civil preferiu se calar. Mesmo depois das duras críticas à prisão do comandante do 7º BPM (São Gonçalo), a Delegacia de Homicídios de Niterói continuou sem apresentar provas que comprovassem que o oficial recebia propina de traficantes do Morro da Coruja, em São Gonçalo. Três dias depois da Operação Dezembro Negro, a lista dos policiais militares presos também não foi divulgada ainda.
O delegado Alan Luxardo, da DH de Niterói, responsável pela investigação de sete meses, também não se manifestou, apesar de ter sido criticado pelo desembargador. "A autoridade policial, Dr. Alan Luxardo, vai à TV e diz que existem outras provas contra o paciente. Ora, se existem provas elas devem ser trazidas aos autos da investigação", disse em um trecho do habeas corpus.
O desembargador também determinou que Martha Rocha, chefe de Polícia Civil, oriente os delegados a cumprir a lei da interceptação telefônica, que prevê que a autoridade policial transcreva os grampos e os encaminhe à Justiça. A delegada não comentou a decisão judicial.
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