segunda-feira, dezembro 26, 2011

Burocracia e brechas jurídicas emperram alterações no Daer

Passados cinco meses e meio do término da força-tarefa que investigou irregularidades no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), as 10 principais medidas anunciadas para conter potenciais focos de corrupção no órgão ainda engatinham: uma parte sequer saiu do papel e a outra ainda está em processo de execução.
A morosidade é explicada por fatores como interposições judiciais e burocracia, que levaram o governo a perder prazos estipulados por ele próprio para cumprir parte das modificações.
Composta às pressas em abril para enterrar uma possível CPI na Assembleia Legislativa, a força-tarefa integrada pelo Palácio Piratini, Ministério Público e Tribunal de Contas nasceu para investigar denúncias reveladas em reportagens da RBS TV de que servidores do Daer teriam direcionado licitações, superfaturado preços e manipulado a instalação de pardais em locais desnecessários, como em ruas de chão batido.
As investigações foram ampliadas e os próprios integrantes do governo anunciaram descobertas que envolviam descalabros no pedágio comunitário de Portão, na gestão de rodoviárias e na concessão de linhas de ônibus intermunicipais, atividades comandadas pelo Daer.
Depois do diagnóstico, coube ao secretário da Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, anunciar uma lista de ações que seriam efetivadas para mudar a cara do Daer, órgão que está sob o guarda-chuva da sua pasta.

Nenhum comentário: