sexta-feira, dezembro 09, 2011
CRÍTICA: Mais uma reflexão sobre a nova TV paga
O texto de anteontem sobre o fim da TV segmentada motivou vários e-mails de leitores. A maioria deles reclama da guinada em direção à popularização. Eles rejeitam a dublagem, sentem saudade da BBC e da CNN num local mais razoável do line up etc. Um deles, amigo da coluna, escreveu: “Será que estou sendo preconceituoso ao achar que não tem de nivelar todo mundo por baixo só porque a classe C, com menos escolarização, agora tem maior poder aquisitivo? Sou menino da periferia de Belo Horizonte, filho de doméstica que passou na UFMG, enfim, toda aquela cartilha... Mas sempre fui inteligente, assíduo frequentador das bibliotecas”.
A Via Embratel oferece TV paga nas comunidades pacificadas do Rio. Recentemente, divulgou uma pesquisa revelando que o canal Discovery Home & Health estava puxando as preferências. A explicação: os novos assinantes querem canais por assinatura que, acreditam, vão ajudá-los a aprender, a se ilustrar. Assim como a observação do leitor acima citado, esse fato toca numa questão que merece a atenção de quem produz conteúdo de olho nos novos mercados. A televisão não precisa substituir a escola. Pode e deve ser pura diversão. Mas é bom não perder de vista seu poder de provocar, desafiar e instigar o espectador.
NOTA 10
Para a menina Jesuela Moro, a Julia da novela das 18h, “A vida da gente”. Ela é espontânea e ao mesmo tempo concentrada. Uma rara combinação entre as crianças-atrizes da televisão, que geralmente parecem treinadinhas.
NOTA 0
Para o “SBT Rio”, que não se cansa de inovar nas bizarrices. Ontem, entre uma notícia policial e outra, Rogério Forcolen fazia ginástica laboral em pleno estúdio, ao som de Ricky Martin. Segundo o apresentador, “ordens da direção”. (Patricia Kogut)
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