sábado, dezembro 10, 2011
Dois terços dos paraenses rejeitam a divisão do Estado
A rejeição dos eleitores do Pará à proposta de divisão do Estado se manteve maior que 60%, mostra pesquisa Datafolha divulgada ontem.
De acordo com a consulta, 65% dos eleitores são contra a criação do Carajás (sudeste do Pará) e 64% rejeitam a criação do Tapajós (oeste).
Cerca de 4,6 milhões eleitores de paraenses irão amanhã às urnas para decidir se o Pará vai se desmembrar em três Estados.
Segundo o Datafolha, o percentual de eleitores contrários à criação de Carajás e Tapajós cresceu, em ambos os casos, três pontos.
A oscilação está dentro da margem de erro da pesquisa, também de três pontos.
Na comparação com levantamento divulgado em 24 de novembro, oscilou de 62% para 65% a fatia dos que irão votar contra a criação de Carajás, enquanto o índice dos que irão votar sim pela divisão se manteve em 31%.
No caso de Tapajós, o índice dos contrários à criação deste Estado oscilou de 61% para 64%, e a fatia de favoráveis, 30% para 31%.
Os índices de indecisos caíram de 7% para 4%, no caso da decisão sobre Carajás, e de 9% para 4%, no caso da votação sobre Tapajós.
A rejeição à divisão continua concentrada na região chamada de Pará remanescente, onde fica Belém.
Foram entrevistados 1.213 eleitores em 53 municípios paraenses nos dias 6, 7 e 8.
A pesquisa, portanto, detecta os efeitos de praticamente todo o período da propaganda plebiscitária no rádio e na televisão, exibida durante quase um mês.
A campanha a favor da divisão, comandada pelo marqueteiro Duda Mendonça, causou polêmica ao exibir paraenses recebendo tapas na cara, simbolizando o abandono do Estado. A maioria dos entrevistados afirma ter visto os programas.
Registrada no TSE, a pesquisa foi encomendada em uma parceria entre Folha, TV Liberal e TV Tapajós (afiliadas da Rede Globo no Pará).
VIÉS DE ALTA
Em relação ao primeiro Datafolha, realizado no início de novembro, houve um crescimento na rejeição de oito pontos percentuais para o Carajás e de sete pontos percentuais para o Tapajós.
"A pesquisa mostra estabilidade nas intenções de voto desde o início da campanha", afirmou Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.
O Datafolha ressalta que a pesquisa reflete a opinião dos eleitores nessa última semana de campanha e não pode ser analisada como uma previsão exata do resultado.
Alguns fatores podem interferir, como o desconhecimento sobre o número da opção escolhida, a abstenção e os desdobramentos da campanha em seus dias finais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário