quinta-feira, dezembro 15, 2011

Economia de Pernambuco cresce 3,9%

O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco registrou um crescimento de 3,9% no terceiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo números divulgados ontem pela Agência Condepe/Fidem. No mesmo nível de comparação, o Brasil teve incremento de 2,1%. Apesar dos dados locais estarem superiores aos do Brasil, esse resultado pernambucano foi o menor crescimento para um trimestre este ano (veja arte ao lado). "A economia do Estado sentiu as medidas restritivas tomadas pelo governo federal", explica o presidente da Condepe/Fidem, Antonio Alexandre. Para o ano todo, ele acredita que o Estado vai ter um crescimento de 5% da sua economia, enquanto o País avançará 3%. O PIB mede a produção de todos as riquezas produzidas.
"Os números confirmam uma trajetória de crescimento na qual o Estado está quase 2 pontos acima da média nacional", acrescenta. Ele remete o resultado ainda positivo – apesar da desaceleração – aos investimentos contabilizados em Pernambuco que não foram afetados pelas medidas restritivas do governo federal. Entre os aportes, estão a Refinaria Abreu e Lima, a PetroquímicaSuape e o Estaleiro Atlântico Sul.

Os resultados são preliminares. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o PIB do terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) do Brasil como nulo (0%) no comparativo com o trimestre diretamente anterior (abril, maio e junho). No caso de Pernambuco, como o Condepe não faz essa comparação com o trimestre anterior, não é possível comparar o desempenho. Atualmente, não há tecnologia para calcular os números tirando a sazonalidade (impactos que ocorrem na economia de acordo com a época). "Talvez em 2012, consigamos calcular o PIB sem a sazonalidade", comentou o diretor executivo de Estudos, Pesquisas e Estatísticas do Condepe/Fidem, Maurílio Lima.

DESTAQUE

No terceiro trimestre, o grande impulsionador do crescimento do Estado continuou sendo a construção civil com um aumento de 8,1%. Já a indústria de transformação registrou uma queda de 3,2% puxada pela redução de 20% na fabricação de material elétrico, que inclui baterias.

Responsável por 73% do PIB do Estado, a boa performance dos serviços foi puxada por alojamento e alimentação, que aumentaram 15% no terceiro trimestre. Ainda neste segmento, também foi registrado um incremento de 6,7% nos serviços prestados às famílias, o que inclui academia de ginástica, salão de beleza, cursos de idiomas, etc. "Isso é um reflexo do aumento da renda", explica a economista do Condepe/Fidem, Claudia Pereira.

No mesmo período, o comércio apresentou um crescimento de 3,5%, sendo 5,6% no varejo e 3,1% no atacado. O desempenho registrado pelos comerciantes autônomos caiu 2,2%. "Eles estão deixando de ser informais, mas não sabemos se continuam no comércio ou estão indo para outras atividades que estão aquecidas", argumenta Claudia Pereira. Também diminuiu a produção das culturas temporárias – incluindo a cana-de-açúcar – que registraram uma queda de 9,9%, contribuindo para a agropecuária registrar uma performance negativa.

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