No comando de um grupo de 22 trabalhadores no canteiro de obras de um edifício no Bairro Buritis, Zona Oeste de Belo Horizonte, a engenheira civil Deise Paraguay, de 25 anos, vive de perto um pouco da aflição que marcou 2011 os departamentos de Recursos Humanos das empresas à procura de gente com o currículo que ela mesma apresentou à construtora cinco meses atrás, logo depois de se formar. "Não fiquei nenhum dia desempregada, mas percebi que o profissional tem de estar disposto a se adaptar às exigências do mercado, ser persistente e buscar se atualizar", afirma. O profissional qualificado tem conseguido boa remuneração – para engenheiros, os salários podem variar de um inicial de R$ 2,5 mil a R$ 12 mil, conforme o tempo de experiência – , no entanto, as exigências também são altas.
De pedreiros a carpinteiros e engenheiros, as empresas é que correram atrás de mão de obra, deixando um rastro de vagas abertas na virada do ano-novo. E para 2012 a perspectiva é de continuidade na demanda – e na escassez – por profissionais de engenharia. Diante do baixo índice de formação desses profissionais (32 mil/ano) ante a demanda (65 mil/ano) no país, o mercado absorve rapidamente tais profissionais. Segundo a empresa de recrutamento e seleção de executivos de média gerência Asap, no país a demanda por esses profissionais cresceu 75% entre 2010 e 2011.
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