Se existe um ano na história que nenhum rubro-negro esquecerá é 1981. Não é necessário ter nascido antes disso para saber o significado e sentir os bons fluidos que aquele time que encantou o mundo emanava. Uma geração que marcou milhões de pessoas e fez crescer a já gigantesca torcida flamenguista. Foram três títulos em trezes dias — Estadual, Libertadores e Mundial — e são 11 nomes que fizeram o Flamengo ser internacional. Não é à toa que 1981 é o ano que não acaba.
Em apenas 14 dias, uma vitória por 2 a 0 contra o São Paulo, no Morumbi, foi o sinal necessário para o ano que viria. Os gols desse jogo não foram menos simbólicos. Adílio e Nunes, que seriam os mesmos que marcariam os dois últimos gols do Flamengo 77 jogos depois, do outro lado do mundo, contra o Liverpool na vitória por 3 a 0.
— Só de vestir a camisa do Flamengo você se transforma. A gente brincava que ficava um pouco gigante ao colocar o Manto. No Maracanã, com aquela multidão você crescia. É muita responsabilidade. Você representa 35 milhões de pessoas. Para a gente é como vestir a camisa da seleção brasileira — afirmou Andrade.
Foram cinco títulos, quatro deles internacionais. Os números do time comandado por Zico são impressionantes: 78 partidas, com 47 vitórias, 22 empates e apenas nove derrotas, com 166 gols marcados e 60 sofridos.
O ano rubro-negro só não foi perfeito pela eliminação para o Botafogo nas quartas de finais do Brasileiro. No entanto, a goleada sofrida para o mesmo Alvinegro por 6 a 0 em 1972, foi vingada com juros. No dia 8 de novembro, acachapantes 6 a 0, com dois gols de Zico, e um de Nunes, Adílio, Lico e Andrade.
Se títulos foram muitos, o maior deles não era novidade para 35 milhões de torcedores: o Flamengo era o melhor time de futebol do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário