quinta-feira, dezembro 22, 2011

Justiça suspende PDDU da Copa 2014

Uma liminar expedida nesta quarta, 21, pelo juiz da 5ª Vara de Fazenda Pública, Gilberto Bahia de Oliveira, suspendeu, ainda que temporariamente, a tramitação do PDDU da Copa (Projeto de Lei 428/2011), que propõe alterações no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do município. O magistrado considerou “relevantes” as argumentações presentes na Ação Civil Pública impetrada pelos ministérios públicos Federal (MPF) e do Estado (MPE), que apontou nulidades no processo de elaboração e tramitação.
Com a liminar, fica praticamente impossível que o projeto, que tramitava em caráter de urgência, seja votado este ano. O magistrado atendeu aos argumentos dos promotores autores da ação (Rita Tourinho, Cristina Seixas, Antônio Sérgio Mendes, Ana Luzia Santana e Bartira Góes). Segundo eles, a elaboração e tramitação do projeto não obedeceu às regras previstas no Estatuto da Cidade e no próprio PDDU de Salvador, como a devida participação pública nas discussões.
O presidente da Câmara, Pedro Godinho (PMDB), disse ontem que espera notificação para acionar imediatamente o departamento jurídico. O assunto será discutido entre os vereadores na segunda-feira, informou. “É provável que haja um encontro de lideranças para saber a posição das bancadas sobre um acordo para a votação de projetos. Vamos discutir o assunto", disse Godinho.

Votação rápida
Sem opinar sobre a decisão, o secretário especial para Assuntos da Copa do Mundo (Secopa), Ney Campello, destacou a importância da rápida votação do PDDU da Copa. Para Campello, apesar de a liminar significar um atraso que pode trazer prejuízos ao andamento de projetos urbanísticos para a Copa do Mundo, é preciso estar atento aos cuidados da Justiça. “Se há qualquer tipo de vício, o projeto deve ser refeito”, disse.
A liminar confirmou a expectativa do líder do governo, Téo Senna (PTC), de que o projeto não será votado este ano. “Não havia mais clima. Com a liminar, as coisas ficam ainda mais difíceis”, assinalou Senna, que vê a polêmica em torno do projeto como resultado de excesso de especulação.

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