Depois de supostamente ter vendido a filha recém-nascida por R$ 500, Deborah Henrique da Silva Diez Soliz, de 40 anos, moradora de Campo Grande, no Mato Grosso, conseguiu rever a menina. De acordo com Regilene Henrique da Silva, 36 anos, que teria comprado o bebê, a mãe da criança a vendeu, no último dia 30, por suspeitar que ela não fosse filha de seu marido.Segundo reportagem do site Campo Grande News, Regilene, que é faxineira, teria bolado um "plano", juntamente com a patroa, para sequestrar a criança e, assim, salvá-la de ser entregue pela mãe para adoção. Somente depois de saber que a menina se parecia fisicamente com o marido, Deborah quis a filha de volta e resolveu denunciar o sequestro à polícia.
A versão de Deborah é diferente. Ela afirmou que, por não ter condições de criar o bebê, pensou em dá-lo para adoção. Porém, seguiu o conselho da sobrinha, Voeni Henrique da Silva, e vendeu a menina para uma mulher que queria comprá-lo. Essa mulher seria Regilene, que também é sobrinha de Deborah e, após uma briga, deixou de falar com Deborah.
Dias depois da venda, como a suposta compradora não apareceu, conforme o combinado, para realizar a adoção legal do bebê, Deborah resolveu procurar a polícia, na última terça-feira, e registrar queixa. A notícia foi manchete nos principais jornais locais e, com isso, Regilene compareceu à Delegacia Especializada de Proteção a Crianças e Adolescentes (DPCA), junto a um defensor público.
Segundo a reportagem, na delegacia, contou que a prima não queria a filha e que já tinha feito 15 abortos e entregue os fetos em rituais de magia negra com objetivo de ficar rica.
Depois de ouvir as duas versões, a menina, batizada de Maria Clara, foi encaminhada para o Conselho Tutelar enquanto aguarda decisão da Justiça. Voeni, Regilene e sua patroa, Regina Márcia Rodrigues, poderão responder por crime de subtração de criança de quem tem a guarda para colocar em lar substituto, com pena de dois a seis anos de prisão.
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