A Operação Cruzeiro do Sul, desencadeada na madrugada desta quarta-feira, 7 de dezembro, na Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, cumpriu nove mandados de prisão no estado baiano. Dentre os presos está um policial civil de Teixeira de Freitas.
A operação foi desencadeada pelo GAECO do Ministério Público da Bahia, com o apoio da Policia Militar(Caema), Policia Civil de Teixeira de Freitas, Eunápolis e Salvador e da Polícia Rodoviária Federal com uma equipe de Brasília, para prender 17 pessoas envolvidas na Máfia do Carvão. As prisões temporárias, no prazo de cinco dias, foram expedidas pelo juiz da comarca de Mucuri, Leonardo Santos Vieira Coelho, após meses de investigações.
Os envolvidos são funcionários de siderúrgicas e empresários suspeitos de formar quadrilhas que agem, principalmente, no Espírito Santo e Sul da Bahia. As quadrilhas, de acordo com a polícia, montam um esquema criminoso de roubo de madeira e sonegação fiscal na venda de carvão.
Para região de Teixeira de Freitas foram expedidos 11 mandados de prisão, nove cumpridos no território baiano. Os outros seis mandados foram para os envolvidos do Espírito Santo. Até o momento o Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção, (NUROC) da PRF, conseguiu cumprir quatro deles.
Dentre os nove presos na Bahia estão, Marcos Abreu, o policial civil, João Gonçalves da Silva, preso em Salvador, e Marcelino Antônio Roza, preso em Alagoinhas, Auréo Itamaffer Moreira Junior, Diosizi Monteiro Junior, Elberton Ferreira Alves, Luiz Arruda conhecido por “Ceará”, Fabrício Moura Soprani e Marcleivan Moraes Cardoso.
O policial João, e Marcelino, ficaram nas cidades onde foram presos, já os outros serão custodiados na 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior. Os detidos no Espírito Santo, também serão recambiados para a unidade em Teixeira de Freitas apenas para apresentação.
De acordo com Gervásio Lopes, Promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público da Bahia, há suspeitas de que essa ação criminosa era realizada desde 2008, de lá pra cá foram registrados mais de 800 ocorrências de furto de madeira de eucaliptos na região.
A madeira roubada era usada na produção ilegal de carvão, e transportada através de agenciadores sem documentação ambiental. Os atravessadores também utilizavam a nota fiscal no transporte da mercadoria por mais de uma vez, o que também é considerado crime.
A investigação apontou que o furto de madeira é um crime com um esquema bem maior. Segundo a polícia, a madeira era transportada em caminhões e levada para carvoarias clandestinas. Os envolvidos estão sendo investigados por crime ambiental e fiscal e formação de quadrilha, além de roubo.
Ainda durante a operação, foram apreendidos vários documentos, computadores, 6 veículos, 2 moto-serras, 55 munições de calibre 38 e 380, um cofre que ainda não foi aberto, R$ 2.150 mil em espécie e R$ 130 mil em cheques. Também na manhã desta quarta-feira, a polícia iniciou a destruição de mais de mil fornos clandestinos em Mucuri, Caravelas e Alcobaça.
De acordo com o que foi informado na coletiva de imprensa, 74 policiais, participaram da operação. A polícia não divulgou o tamanho do prejuízo causado pela organização criminosa aos cofres públicos.
http://www.sulbahianews.com.br/ver.php?id=11875#
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