domingo, dezembro 04, 2011
Pessoas do Grupo Sílvio Santos estão envolvidas no caso Panamericano
A Polícia Federal descobriu transferências no montante global de R$ 8,23 milhões do caixa do Banco Panamericano para executivos do Grupo Silvio Santos que não integravam o quadro diretivo da instituição financeira.
Pelo menos dois beneficiários desses repasses foram indiciados criminalmente no inquérito sobre o rombo de R$ 4,3 bilhões no Panamericano - José Maria Corsi, vice-presidente da Divisão de Comércio e Serviços (DCS) do Grupo Silvio Santos, e João Pedro Fassina, que até novembro de 2010 ocupou o cargo de vice-presidente da BF Utilidades Domésticas e da Liderança Capitalização.
A PF imputa a Corsi e a Fassina gestão fraudulenta de instituição financeira e contabilidade paralela, crimes previstos nos artigos 4.º e 11.º da Lei 7492/86, que define os ilícitos contra o sistema financeiro.
Os indiciamentos ocorreram indiretamente, ou seja, por despacho do delegado que preside o inquérito 290/2010-11, Milton Fornazari Júnior, especialista em investigações sobre crimes financeiros.
Até aqui, apenas os administradores do banco haviam sido enquadrados por supostas fraudes no Panamericano. O principal acusado é Raphael Palladino, ex-diretor presidente do banco. A PF o acusa de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Corsi e Fassina são os dois primeiros executivos do grupo, sem vínculos com o banco, que a PF indiciou no inquérito do Panamericano. É a primeira investida da PF em áreas alheias à instituição financeira.
Os delegados da Polícia Federal agora estão convencidos de que o caso não se resume a fraudes contábeis, mas também aponta "apropriação do patrimônio do banco por meio do uso de empresas do Grupo Silvio Santos e com simulação de prestação de serviços". (Estadão)
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