sexta-feira, dezembro 09, 2011
Policial cobrava R$ 400 por escolta de carga em Teixeira de Freitas
A Operação Cruzeiro do Sul, de combate ao roubo de madeira e fabrico ilegal de carvão, desencadeada nesta quarta-feira (07) pelas polícias rodoviária federal, Civil e Militar e pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), resultou no cumprimento de 12 dos 17 mandados de prisão expedidos para Bahia - 11 deles em Teixeira de Freitas.
Dez pessoas foram presas em Teixeira e uma conseguiu fugir, segundo o delegado Marcus Vinícius Costa, da 8ª Coordenadoria de Polícia do Interior. Outras duas prisões efetuadas foram em Alagoinhas e Salvador. Esta última, a do policial civil João Gonçalves da Silva, 43, que fazia a escolta de caminhões que transportavam carvão de forma ilegal.
Segundo a polícia, ele era lotado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, na capital, mas estava afastado das funções desde outubro, quando apresentou atestado médico. Por cada escolta, o policial cobrava R$ 400,00.
33 Mandados
Além da Bahia, a ação conjunta foi realizada em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, com o objetivo de cumprir 33 mandados de prisão. Segundo a polícia, as prisões são temporárias (de 5 dias). Os nomes das empresas envolvidas no esquema, assim como os dos presos não foram revelados, mas a polícia afirma que 'eles tinham participação efetiva' no crime.
O promotor Gervásio Lopes, que faz parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, declarou que quatro empresas foram criadas para emitir notas frias para os envolvidos na venda do carvão. Além disso, o transporte do produto ocorria sem o Documento de Origem Florestal.
Polícia e MP ainda não levantaram o montante do prejuízo aos cofres públicos devido à sonegação de impostos, mas estima-se que chegue a R$ 1 bilhão.
Os presos responderão por crime ambiental, roubo de madeira, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
http://www.radar64.com/ler.php?doc=11795
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