sábado, dezembro 10, 2011
Rafinha: O jornalismo na internet é patético
"Mas só vou responder o que eu quiser", avisou Rafinha Bastos quando provocado para uma conversa. Antes do papo, subiu ao palco na festa de inauguração do Espaço Mofarrej, casa de eventos de SP que tem entre os sócios sua mulher, Junia Pereira. Agradeceu a presença do público e "ao pessoal da Folha, que tá aqui esperando que eu fale mal dos outros. Eu não vou falar, tá? Já vou avisando".
Rafinha e Junia dão um beijo e o comediante, que se afastou do "CQC", da Band, após dizer que "comeria" a cantora Wanessa e seu bebê, dispara: "Tô comendo bem. Não preciso comer bebê de ninguém". "Uma piada é uma piada, né, gente?", disse Junia à coluna.
"O Rafinha é um cara que se posiciona, dá a cara a tapa. Um contraponto que fazia bem ao programa", dizia Felipe Andreoli, do "CQC". "Quando ele saiu, fizemos uma reunião. Falei o que eu achava e perguntei ao Rafinha qual era a posição dele." E qual era? "Ah, pergunta pra ele". Abaixo, a entrevista com Rafinha:
Folha - Vai virar cantor?
Rafinha Bastos - Vou. No dia 19, lanço um CD pela internet, no meu site. Canto direitinho, mas quando eu estava no programa ["CQC"], achava que ser cantor e apresentador era meio Maurício Mattar. Agora é a hora certa. Duas faixas eu compus. As outras não são minhas, mas combinam com o meu momento. Uma das músicas se chama "Oração para Todos". Eu fiz há duas semanas.
E a carreira internacional?
Surgiram convites de clubes de comédia, principalmente nos EUA. Mas não me apresentei ainda. Não quero fazer qualquer coisa, simplesmente traduzir meus textos em bar. Mas, vai, pode agora fazer as perguntas que eu não vou responder.
Como está o "CQC" sem você?
Me dou bem com todo mundo, mesmo com os que deram entrevista [criticando a piada dele]. É muita babaquice querer me posicionar. E quem disse que eu saí? Nada do que foi dito [na mídia] faz sentido. Tudo o que eu quero é esperar a hora certa para falar. E tem 99% de chance de eu não falar. Tudo o que se diz a meu respeito dá acesso [audiência na internet]. Por isso você está fazendo essa matéria. Se fizerem uma foto do Rafinha Bastos chupando picolé na beira da estrada, ficará entre as mais lidas. É quase uma curiosidade mórbida para saber onde eu tô. E não vai acabar tão cedo.
Por quê?
Tem pessoas mais engraçadas que não têm o mesmo destaque. Vou te dizer por quê. Porque seis meses atrás fui eleito a pessoa mais influente da internet. Por isso tem matéria. É clique. Você pode escrever um negócio aqui? Promete?
Sim.
O jornalismo na internet está ficando cada vez mais patético. As pessoas estão ficando desesperadas por merda. E eu, infelizmente, estou alimentando isso, quieto, sem dizer nada. Aliás, agora estou falando e me contradizendo. (Mônica Bergamo)
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