sábado, dezembro 10, 2011
Visita do senador Áecio Neves à Bahia teve agenda de presidenciável
O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) calçou os sapatos de pré-candidato da oposição em 2014 e iniciou ontem, na capital baiana, as andanças pela estrada que leva à disputa pela Presidência. Para uma plateia composta por caciques da frente antipetista no país, reunidos no Hotel Fiesta, o tucano mostrou com quais passos marchará contra o PT e partidos aliados nas duas futuras batalhas eleitorais.
“Não serão fáceis os próximos embates. Por isso, precisamos dar clareza aos nossos projetos”, disse. O mineiro adiantou que a base do plano para retomar o poder, nas mãos dos adversários desde a eleição de 2002, será unificar o discurso da oposição já para a disputa do ano que vem. Sobretudo, em torno da maior crítica de estrategistas tucanos e democratas após a derrota de 2010: a defesa do governo FHC.
O pedido de Aécio para que a oposição vá a campo de chuteiras grafadas com os oitos anos em que Fernando Henrique Cardoso ocupou o Planalto está afinado com a entrevista do ex-presidente ao programa Roda Vida, da TV Cultura. Na segunda-feira, o tucano centrou fogo contra o esquecimento a que foi relegado na campanha presidencial montada pelos cardeais do PSDB e DEM no ano passado.
Assim como FHC, o mais cotado nome da aliança encabeçada pelos dois partidos também criticou a omissão do principal líder tucano nos programas eleitorais dos candidatos oposicionistas nas últimas eleições. “Nos acostumamos a ouvir o discurso oficial do PT de que o Brasil foi inventado em 2003 (início da Era Lula)”, afirmou Aécio Neves.
A uma plateia que, em parte, aderiu à tática de esconder FHC, o senador mineiro fez questão, e muita, de demonstrar que trará os anos do ex-presidente para o centro da arena eleitoral. “Sejamos fiéis. A grande ruptura do Brasil arcaico para o moderno foi no governo do PSDB. Nós abdicamos desse legado”, destacou. O discurso do presidenciável tucano ecoou entre líderanças da oposição.
“É verdade que faltou coragem para sublinhar as conquistas deixadas por FHC. Não é que seja nossa meta agora, mas é preciso mostrar a importância do que foi feito antes para os dias de hoje”, afimou o senador José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado. “Não podemos mais perder a oportunidade de mostrar o que foi feito no governo anterior”, assinalou o deputado federal Ronaldo Caiado (GO), vice-presidente nacional do Democratas.
Bandeiras
Do púlpito montado no centro de convenções do Hotel Fiesta, Aécio deixou o sorriso da chegada de lado e partiu para o ataque, dando mostras de que, no palanque eleitoral, vai cobrar dos adversários o que, para ele, são conquistas que não pertencem ao atual governo. “O Plano Real, as privatizações, a Lei de Responsabilidade Fiscal, os programas sociais de transferência de renda, foram políticas públicas implantadas por nós e que, mesmo com a ferocidade petista contra as medidas, permitiram a eles se manter no poder”, disparou.
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