domingo, janeiro 15, 2012

BBB12: Câmeras da casa tiram o foco de Monique e Daniel

A polêmica surgida após a primeira festa do BBB12, em torno da cena em que o modelo Daniel parece abusar sexualmente de uma desacordada Monique, tem sido evitada pelas câmeras da casa. Sempre que a gaúcha toca no assunto, o foco do pay-per-view muda para outro ambiente da casa do reality show. E ela vem tocando no assunto ao longo do dia. Sem saber o que realmente aconteceu, já que bebeu bastante, Monique tenta entender e desabafa com quem esteve na festa e acompanhou o que aconteceu entre ela e o modelo antes de eles irem para o quarto. A cena sob o edredon foi vista apenas por assinantes do pay-per-view do programa e por internautas que acessaram cópias dela no Youtube, antes que o Google as tirasse do ar a pedido da Globo, que tem executado esse tipo de faxina desde a novela Insensato Coração.
Neste domingo à tarde, Monique conversava com Ronaldo no Quarto Floresta, quando começou a contar o que lhe foi perguntado no confessionário. Ronaldo, que como outros participantes não souberam da suspeita que envolve Daniel e Monique – ao contrário de todo o Brasil –, ouvia com atenção. “Começaram me perguntando se eu tinha me divertido na festa. Depois, se eu tinha bebido. Eu confirmei”, contou Monique, que, pela cara, até então não havia entendido o porquê do chamado. “Aí, me perguntaram sobre o Daniel e eu disse que a gente deu um beijo e dormiu junto. Eu nem lembrava que tinham sido dois beijos, depois ele (Daniel)me falou.” A esse respeito, tudo o que foi informado oficialmente pela CGCOM, a central de comunicação da Globo, cabe em uma linha: “A produção chamou a participante ao confessionário e Monique confirmou que todas as carícias foram consentidas por ela”.
Quando, no meio da conversa de Monique com Ronaldo, o espectador do pay-per-view e da internet teria a chance de comprovar a resposta oficial da assessoria de imprensa do BBB12, as câmeras cortaram para outro cômodo da casa. Coincidência ou não, também quase não se vê o nome de Monique ou Daniel entre as notas publicadas neste domingo no site oficial do BBB12.
Mais tarde, em um dos quartos da casa, a mineira Renata, que, vimos, não é a mesma desde que deixou o hotel do confinamento, levantou uma questão, mesmo sendo ela uma das que não conhece a polêmica do dia: “Vocês teriam coragem de fazer sexo explícito aqui na casa?” A loira falava com Ronaldo, Rafael, Fael, Monique e Daniel, que não se deixou intimidar. “Se ela fosse bem gostosa”, respondeu, babando. A conversa seguiu em clima de descontração para uns, e de tensão para a gaúcha e o paulista.
Boninho já confessou pelos corredores do Projac que não é fã de Daniel. E mais: que o acha chato dentro da casa. Hoje, durante a Prova da Comida, o paulista resolveu fazer uma gracinha para o diretor e foi ameaçado de ser expulso se continuasse com as brincadeiras fora de hora. Até o início do programa que vai ao ar esta noite, Boninho já deve ter pensado no que fazer sobre o caso e os envolvidos.

Se não houve consentimento, foi estupro, diz especialista
De acordo com o advogado criminalista e presidente da Academia Paulista de Direito Criminal, Romualdo Calvo Filho, qualquer forma de satisfação sexual sem o consentimento da outra parte - mesmo que não inclua penetração - é abuso ou estupro.
"A lei até o ano passado fazia distinção entre estupro e abuso. O estupro era quando havia penetração. Afora essa penetração, seria atentado violenta ao pudor. Com o advento dessa lei, tudo está unificado", diz o advogado. "Se realmente não houve o consentimento dessa mulher, houve ali um abuso e um estupro.” Calvo Filho explicou também que as imagens divulgadas no pay-per-view do programa -- pacote de TV paga que permite acompanhar a casa do BBB 24h por dia -- podem servir como objeto de investigação, no caso da abertura de um inquérito policial.
No entanto, só Monique pode abrir um processo. “Um inquérito policial pode ser aberto como uma ação penal pública condicionada a uma representação, em que só ela pode dar entrada”, afirma Romualdo. Segundo o advogado, a estudante tem seis meses para agir. (Por Renata Pinheiro)

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