quarta-feira, janeiro 11, 2012

Empreiteiras emergentes entram no clube do bilhão

Nos anos 70, enquanto a ditadura militar alardeava o crescimento da economia com obras jamais vistas no país, um punhado de empreiteiras viu sua carteira se multiplicar e entrou na lista de gigantes do capitalismo brasileiro. Eram os tempos da hidrelétrica de Itaipu, da rodovia Transamazônica, da primeira usina nuclear de Angra e da implantação do metrô em São Paulo e no Rio.
Novas refinarias da Petrobras, grandes projetos de mineração, estádios para a Copa do Mundo de 2014 e orçamentos recordes do governo para a reforma de estradas fazem hoje com outras empreiteiras a mesma transformação gerada pelo "milagre econômico" quatro décadas atrás.
Os sinais da mudança estão nos números. Em um período de apenas cinco anos, entre 2006 e 2010, o seleto grupo de construtoras com faturamento superior a R$ 1 bilhão aumentou de cinco para 11 empresas. O time original era formado por Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Delta Construções. Juntaram-se a OAS, Galvão Engenharia, Construcap, Mendes Júnior, ARG e Egesa, conforme dados compilados pela revista especializada "O Empreiteiro". Outras três construtoras já estavam bem perto de entrar no "clube do bilhão" em 2010 - Serveng-Civilsan, Schahin Engenharia e Carioca Christiani-Nielsen - e podem ter rompido essa marca no ano passado. Quase todas são dependentes de contratos públicos - e a retomada de investimentos da União e dos governos estaduais em grandes obras de infraestrutura deu uma nova cara à indústria de construção pesada.

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