terça-feira, janeiro 17, 2012

Ex-cartola Eurico Miranda pode voltar a ser deputado

O ex-dirigente de futebol do Vasco e ex-deputado federal Eurico Miranda poderá retornar ao Congresso. A tarefa é difícil, mas ele poderá receber uma mãozinha de alguns correligionários este ano. No site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, consta que Eurico saiu das eleições de 2010 apenas como o nono na fila de suplência da coligação Unidos Pelo Rio para uma vaga à Câmara dos Deputados Federais. Entretanto, uma sucessão de fatos poderá garantir a vaga.
-É difícil, mas pode acontecer, sim - confirma Washington Reis, deputado federal do PMDB, um dos partidos da coligação.
É só fazer as contas. Dos 13 deputados federais eleitos pela coligação, três tornaram-se secretários de governo - Pedro Paulo (secretário-chefe da Casa Civil da Prefeitura do Rio); Júlio Lopes (secretário estadual de Transportes); e Rodrigo Bethlem (secretário municipal de Assistência Social). Em seus lugares, assumiram os três primeiros suplentes da fila: Nelson Bornier, Fernando Jordão e o ex-jogador Deley. Nelson Bornier e Fernando Jordão são pré-candidatos às prefeituras de Nova Iguaçu e Angra dos Reis, respectivamente. São mais duas vagas que podem se abrir, caso os dois vençam.
Além disso, outros três deputados federais eleitos poderão se candidatar, abrindo a possibilidade de outras três novas vagas: Washington Reis, em Duque de Caxias; Hugo Leal, em Petrópolis; e Edson Ezequiel, em São Gonçalo.
-A primeira da fila passaria a ser, então, a ex-deputada Solange Almeida, mas ela deve concorrer também em Rio Bonito. Depois vem o Nestor Vidal Neto, mas ele assumiu a Prefeitura de Magé - diz Washington.
Pelo site do Tribunal Regional Eleitoral, os próximos da fila seriam: o ex-secretário estadual de Fazenda Fernando Lopes; o sobrinho do senador Francisco Dornelles, Savio Neves; o cantor Elymar Santos; e Eurico Miranda.
Por sua assessoria, o deputado federal Hugo Leal (PSC), por exemplo, disse que sua candidatura ainda não está definida, o que só acontecerá em abril.
Se não deu no voto, vai na torcida. Esse é o lema de outros suplentes de deputados estaduais e federais neste ano de eleições municipais. Somente na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), segundo levantamento de O Globo, 29 parlamentares com cadeira garantida cogitam concorrer a cargos de prefeitos no estado. Na Câmara dos Deputados Federais, são 16.
Para alguns, a chance de ocupar a cadeira legislativa de um correligionário pode acontecer já durante a campanha. Basta um deputado prefeitável se licenciar por mais de 120 dias, por exemplo. Entra em seu lugar o político à espera na fila que obteve mais votos dentro da coligação (e não do partido). Entretanto, a legislação permite que um concorrente ao Executivo permaneça no Legislativo mesmo em campanha, se preferir. Nesse caso, somente se for eleito, a brecha se abre.
— Possivelmente só após o recesso de julho eu entre de licença para poder fazer campanha — diz o deputado do PR Altineu Cortes, que deve ter seu nome como consenso no partido para concorrer à prefeitura de Itaboraí.
No PR, se os três deputados estaduais que têm seus nomes cogitados para concorrer a prefeituras Edino Fonseca (em Niterói), Altineu (em Itaboraí) e Samuquinha (em Duque de Caxias) ganharem suas respectivas eleições, três vagas serão abertas. Entre os felizardos, a funkeira e ex-vereadora Verônica Costa. Ela é a primeira da fila.
Já o líder comunitário preso em Bangu (por suspeita de envolvimento com tráfico) William da Rocinha tem que torcer para que os dois pré-candidatos a prefeitos do PRB ganhem suas eleições. (Extra)

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