Eike
Batista e o Flamengo estão discutindo uma parceria para comprarem
juntos o controle do Maracanã. O clube e o empresário negociam um acordo
para administrarem em conjunto o maior estádio do país e todo o
complexo esportivo ao seu redor.O governo do Rio de Janeiro publicou neste mês um edital para a privatização do estádio. O Grupo EBX confirmou ao UOL que
participará da concorrência da concessão. “A EBX confirma o interesse
em participar da concorrência para a concessão do Maracanã”, declarou em
nota.Segundo
a assessoria de imprensa do Flamengo, a participação do Grupo EBX já
leva em conta uma possível parceria com o clube. Desta forma, Eike
Batista e seu grupo já teriam um público garantido para os jogos que
serão realizados no estádio.De
acordo com o edital de privatização do Maracanã, toda empresa ou pessoa
física que pretende assumir o controle do estádio tem que manifestar
seu interesse oficialmente na terça-feira. Depois, até o final de março,
eles terão de apresentar uma proposta formal de seus projetos para o
complexo do estádio.Detalhes
sobre o que Eike Batista pretende fazer com o estádio não foram
revelados pela EBX. A parceria com o Flamengo também não foi confirmada.A
EBX, porém, já tem negócios com o Flamengo. Neste ano, uma empresa de
Eike alugou um prédio que pertence ao clube carioca para transformá-lo
em um hotel.A
privatização do Maracanã deve acontecer antes dos Jogos Olímpicos de
2016. O documento que determina as regras para a concessão já contém
exigências para a Olimpíada que será sediada pelo Rio.O
governo fluminense exige, por exemplo, que o futuro administrador do
complexo mantenha disponível duas quadras do ginásio do Maracanãzinho
para o aquecimento de atletas dos Jogos. Essas quadras, inclusive, têm
que cumprir todas as especificações do COI (Comitê Olímpico
Internacional), segundo o edital.O
documento determina também que as empresas ou pessoas físicas
interessadas em administrar o Maracanã incluam em sua proposta um
projeto de construção de um estacionamento com espaço para pelo menos
2.000 carros na área do complexo esportivo. Para isso, o governo abre a
possibilidade para que o administrador da área ponha abaixo a pista de
atletismo Célio de Barros e o parque aquático Júlio Delamare e os
construa em um outro terreno, a no máximo 5 km de distância do estádio.Outra
exigência é a reforma do Maracanãzinho para que o ginásio possa receber
grandes shows e eventos musicais. A manutenção dos direitos sobre as
cadeiras cativas do estádio e de uso das tribunas de honra por
autoridades também tem que ser garantida.O
edital informa, contudo, que o governo não está obrigado a conceder a
administração do estádio aos que se propuserem a assumi-la. O documento
também não traz uma previsão de data sobre quando o governo se
manifestará sobre as propostas que serão feitas.
Fonte: Uolesporte.com
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