terça-feira, janeiro 10, 2012

Hospital carioca perde identificação e paciente morto vira indigente

O Hospital estadual Rocha Faria, em Campo Grande, sabia seu nome, idade e o endereço onde ele foi socorrido por bombeiros, após sofrer um derrame. Ao morrer, porém, Carlos Henrique de Oliveira, de 36 anos, foi identificado como um "homem negro, aparentando 40 anos." Era essa a descrição do corpo em 3 de janeiro, quando a viúva do marinheiro, Ana Paula de Oliveira, o reconheceu, após 12 dias de buscas.
Carlos morreu em 26 de dezembro. Um dia antes, Ana Paula e a cunhada, Ana Lúcia Maria de Oliveira, estiveram no hospital com uma foto e o nome do paciente. Foram informadas de que ele não estava lá. Mas o documento do resgate mostra que ele chegou à unidade no dia 23, às 13h30m.
— Meu irmão foi dado como indigente, mas os bombeiros informaram ao hospital seu nome. Nos tiraram a chance de encontrá-lo ainda vivo — reclamou Ana Lúcia.

Veja, na íntegra, a nota enviada pela Secretaria estadual de Saúde sobre o caso:

"De acordo com a direção do Hospital Estadual Rocha Faria, Carlos Henrique de Oliveira não foi internado como indigente. Seu nome consta no cadastro de atendimento do hospital e, enquanto esteve na unidade, o paciente teve todo atendimento necessário. Após seu falecimento, o corpo foi identificado pela esposa na própria unidade.
A direção do Hospital Estadual Rocha Faria informa ainda que vai ouvir todos os responsáveis pelos setores de atendimento para apurar se houve erro na comunicação com os familiares do paciente e, se necessário, será aberta sindicância para investigar possíveis irregularidades."

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