Jornalista francês que morreu na Síria pode ter sido vítima de uma armadilha

França suspeita que o jornalista Gilles Jacquier, que morreu nesta quarta-feira (11) quando cobria uma manifestação na Síria a favor do regime de Bashar Al Assad, tenha sido vítima de uma armadilha, embora por enquanto não tenha provas dessa versão. Uma fonte próxima ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou ao jornal Le Figaro, nesta sexta-feira (13) que o país acredita em uma manipulação, embora reconheça que por enquanto não haja provas.
"Os responsáveis sírios eram os únicos que sabiam que um grupo de jornalistas ocidentais visitava Homs nesse dia e o bairro no qual se encontrava", afirmou. "É possível pensar em um terrível acidente. Mas é uma coincidência muito boa para um regime que tenta desestimular os jornalistas estrangeiros e demonizar a rebelião.”
A fonte lembrou que o governador de Homs prometeu uma comissão de investigação para o "ataque terrorista", o que já dá uma ideia das conclusões esperadas.
O Le Figaro indicou que outros colegas que estavam com Jacquier consideram que as bombas que mataram o repórter da emissora de televisão France 2, além de outras seis vítimas, faziam parte de uma operação militar, e que alguns inclusive estimam que os jornalistas eram o verdadeiro alvo. (EFE)