segunda-feira, janeiro 09, 2012

Na festa anual da Fifa, Brasil é - de novo - mero coadjuvante

A dois anos e meio de receber a Copa do Mundo, o Brasil vive uma situação inusitada para um país com a reputação de ser a maior potência da modalidade. Na festa de gala da Fifa, nesta segunda-feira, em Zurique, os brasileiros são meros coadjuvantes. Pelo quarto ano consecutivo, não há nenhum atleta do país entre os finalistas para o prêmio de melhor jogador do ano - desde a vitória de Kaká, o craque de 2007, o Brasil está ausente da lista dos três grandes destaques da temporada. Neste ano, o prêmio deve ficar mais uma vez com Lionel Messi - o argentino deve conquistar seu terceiro troféu consecutivo. Completam a lista o espanhol Xavi e o português Cristiano Ronaldo. Se Messi confirmar seu favoritismo, o craque do Barcelona empatará com Ronaldo e Zidane, os únicos tricampeões do prêmio até hoje.
A cerimônia de gala desta segunda também revelará os ganhadores dos prêmios de melhor técnico do ano (Guardiola, do Barça, é favoritíssimo) e de gol mais bonito - categoria em que o Brasil poderá conquistar um troféu de consolação, com Neymar, pelo lance espetacular na partida contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. Messi e Wayne Rooney, do Manchester United, são os grandes rivais do craque do Santos nessa disputa. Até mesmo o prêmio de melhor do ano entre as mulheres, que o Brasil ficou acostumado a vencer com sobras todos os anos, com Marta, está ameaçado nesta segunda. Ganhadora dos últimos cinco troféus, a camisa 10 da seleção brasileira teve um ano difícil, em que a esperança de uma conquista inédita na Copa da Alemanha virou decepção, com uma sofrida eliminação contra os EUA.
O Brasil está disparado na liderança do ranking de vencedores do prêmio de melhor do ano da Fifa. São oito troféus principais, além de três vices e três terceiros lugares. A segunda colocada é a França, com os três títulos de Zidane. Portugal, com dois prêmios (Figo e Cristiano Ronaldo), e Argentina, também com dois (ambos de Messi), estão logo abaixo. Para o torcedor brasileiro, ansioso para ver a seleção jogar o Mundial em casa, o que mais preocupa neste momento é a ausência de jogadores dos entre os candidatos ao prêmio. Tirando Neymar - que, por não jogar no futebol europeu, dificilmente será finalista do troféu -, o país não tem nenhum protagonista nos grandes clubes europeus. Seus destaques nos últimos anos têm papéis secundários, como o lateral Daniel Alves, o goleiro Júlio César e o lateral Maicon. (Veja Online)

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