O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro alterou, no
final da tarde deste domingo, o status das nove cidades do Norte e
Noroeste fluminense para estado de alerta máximo. Embora a chuva não
esteja tão forte, diz o Inea, o nível dos rios da região, principalmente
o Rio Muriaé, não para de subir, deixando as autoridades preocupadas.
As cidades da Região Serrana e da Baixada Fluminense estão em estado de
atenção.
De acordo com a Defesa Civil do estado, três cidades do Norte
fluminense — Itaperuna, Italva e Laje do Muriaé —, correm riscos de
novos deslizamentos por causa das chuvas do final de semana. Nos três
municípios, segundo o Inea, choveu acima de 50 milímetros nas últimas 24
horas – apenas em Italva foram 63,6 milímetros. A previsão do instituto
para as cidades da região era de 300 milímetros para todo o mês de
janeiro.
Em Laje do Muriaé choveu 46,2% do esperado no mês nos últimos quatro
dias, de acordo com cálculos do site de VEJA em cima de números do Inea.
O nível do Rio Muriaé voltou a subir após 120 milímetros de chuvas na
última madrugada, chegando a 6,5 metros - 2 metros a mais em apenas uma
noite. A cidade já registra 3.000 desalojados e 123 desabrigados.
Segundo o Inea, já há pontos com graves transbordamentos.
A Defesa Civil de Itaperuna pediu que as famílias que moram em regiões
de encostas deixem suas casas. O secretário municipal de Defesa Civil de
Itaperuna, major Joelson Oliveira, disse que, durante a madrugada deste
domingo, houve deslizamentos de terra no bairro de São Mateus e, pela
manhã, no bairro Aeroporto. Não houve vítimas nos dois casos. De acordo
com Oliveira, existem na cidade 106 desabrigados e 3.000 desalojados. Ao
todo, foram montados sete abrigos.
Boletim publicado pela Defesa Civil fluminense na noite de sexta-feira
contabiliza 6.287 desalojados e 2.361 desabrigados. Até o momento, seis
municípios decretaram situação de emergência.
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