terça-feira, janeiro 17, 2012

O mundo em crise e o Brasil de férias

O Brasil voltou a crescer e surpreendeu o mercado. Enquanto a maioria dos analistas esperava o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de novembro em torno de 0,9%, o país registrou avanço de 1,15%, desempenho que foi recebido com euforia pelo governo. Além das vendas do comércio, a recuperação da indústria contribuiu: a expectativa é de que tenha feito de dezembro mais um mês de crescimento elevado.
Para a equipe econômica, a atividade saiu do fundo do poço e vai dar passos ainda mais largos sob efeito do novo salário mínimo e do impacto do afrouxamento monetário. Em fevereiro, o piso nacional chega ao bolso dos trabalhadores valendo R$ 622. Na visão de especialistas, praticamente todo o ganho extra será direcionado para o consumo, o que deve promover uma expansão forte no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país) no início do ano. No segundo trimestre, a economia começa a sentir o efeito dos cortes nos juros básicos (Selic) feitos até agora e o brasileiro poderá ter acesso a financiamentos mais baratos.
Com a economia praticamente de volta ao seu curso normal, a equipe do presidente do BC, Alexandre Tombini, tende a ficar mais conservadora e concentrar suas forças no combate à inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), assustou ao registrar elevação de 0,97% na segunda prévia de janeiro. As perspectivas do boletim semanal Focus para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês também estão ligeiramente distantes do ideal para que a carestia encolha para o centro da meta, definida em 4,5% . A expectativa do mercado para janeiro é de 0,55%, taxa 0,17 ponto percentual acima do desejado pelo BC.

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