os tempos áureos da Polícia Federal – especialmente durante o primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando se transformou em um de seus mais importantes pilares políticos em razão das investigações dos escândalos –, já tem cheiro de coisa do passado. Mesmo permanecendo entre as instituições mais respeitadas do país, segundo pesquisa, a corporação vê seu orçamento encolher ano a ano. Para 2012, mesmo com aumento das contas de custeio, seus recursos sofreram um corte de 5% em relação ao ano passado. Sobre a cabeça da corporação ainda pende uma lâmina, que pode vir com o anúncio de mais cortes em razão do decreto de contigenciamento que deve ser anunciado pelo governo Dilma, no mês que vem.
Na mesma proporção da queda de recursos, as operações da PF perderam importância política e reduziram a abrangência nos estados, apesar de terem crescido em número . As ações policiais nacionais foram substituídas pelas regionais. Segundo dados do próprio Departamento de Polícia Federal, disponíveis em seu site, em 2007 foram feitas desencadeadas 188 operações, entre elas a Xeque-Mate, que investigou até mesmo o irmão do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, indiciado por suspeita de exploração de prestígio. No total, foram presas 3.201 pessoas nas ações policiais. No ano passado, foram 266 investidas contra o crime, com 2.354 detidos. A maior operação em número de presos, 63, foi desencadeada no Rio Grande do Sul, onde se apurou um esquema de fraude em licitações na área da saúde no interior do estado.
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