terça-feira, janeiro 10, 2012

Plano emergencial para tirar Bezerra da chuva

Acuado há uma semana com denúncias de privilégios para sua base eleitoral em Petrolina, Pernambuco, e para seus familiares espalhados na máquina pública federal, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, decidiu antecipar sua ida ao Congresso Nacional em pleno recesso para prestar esclarecimentos. A decisão faz parte de uma estratégia de defesa acordada com o Palácio do Planalto, que incluiu a edição de um pacote de medidas contra as tragédias provocadas pelas chuvas. Ontem, pelo menos 12 pessoas morreram, agravando a situação provocada pelo clima no Sudeste (leia mais abaixo e na página 8).
Seguindo o script do Planalto, Bezerra telefonou ontem mesmo para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e solicitou que fosse convocado para se apresentar na Comissão Representativa do Congresso amanhã, seguindo a estratégia de explicar-se para um Legislativo esvaziado pelo recesso de janeiro — apenas 17 deputados e sete senadores.
Nos bastidores, tanto ele quanto o PSB apostam no esvaziamento da crise política até o início do ano legislativo, em fevereiro. Sob holofotes, no entanto, ele disse acreditar que o depoimento em pleno recesso não facilita sua defesa. "Eu creio até que é mais difícil a blindagem nessas circunstâncias", defendeu. Ele adiantou, após reunião com a presidente Dilma Rousseff e outros ministros para tratar das enchentes no país, que pretende "tirar qualquer dúvida em relação à gestão dos recursos da Defesa Civil".

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