sábado, janeiro 21, 2012

Poder dos lobistas ainda é forte na Agricultura

Seis meses depois da queda do ministro Wagner Rossi por denúncias de tráfico de influência, o lobby prossegue no Ministério da Agricultura. Só mudou de área. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Luiz Carlos de Oliveira, modificou regras de processamento de carnes bovinas e de aves para favorecer a indústria do setor. Antes de assumir o Dipoa, nomeado por Rossi, Luiz Carlos era contratado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) "para atuar como negociador perante órgãos públicos, feiras e reuniões", de acordo com processo trabalhista que o diretor do Ministério da Agricultura move contra a entidade na Justiça do Trabalho.
À frente da diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Luiz Carlos de Oliveira assinou, em agosto e outubro de 2011, duas resoluções e um ofício circular que beneficiam diretamente grandes frigoríficos. As resoluções regulamentam a prática de aspersão de água nas carcaças de bovinos (corpo dos animais abatidos com a carne e ossos, mas sem as vísceras), o que era considerado um crime no país. O ofício libera os fiscais agropecuários de autuarem empresas que não imprimirem detalhes de qualidade da carne nos produtos.

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